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terça-feira, 27 de novembro de 2012

A PRÁTICA DE PROFETIZAR: OS MODELOS



oS MODELOS

Leitura bíblica: Lc 1:39-45, 46-55

Oração: Senhor, Te agradecemos que sempre que vimos a Tua Palavra, encontra-mos-Te na Tua presença. Apreciamos a Tua presença ao máximo. Senhor, agradecemos-Te que Tu nos reunistes no Teu nome. Adoramos-Te pelo Teu nome, que é todo-inclusivo, grande, elevado e rico. Nos ocultamos e nos mantemos nesse nome. Senhor, abra os segredos da Tua palavra, para que possamos aprender a como profetizar para que as igrejas possam ser edificadas. Derrota o inimigo nesses dias. Tu estás trabalhando e continuando conosco. Desejamos ver a derrota do inimigo. Envergonha-o, e até mesmo esmaga-o sob nossos pés. Senhor, seja conosco nessa reunião triunfantemente, e nos cubra com Seu  sangue prevalecente. Amém.
Como vimos na mensagem anterior, profetizar é falar por o Senhor e expressar o Senhor. O irmão Nee viu em 1937 a revelação de 1 Coríntios 14 com relação a todos os santos profetizarem nas reuniões da igreja. Em uma série de mensagens publicadas em “Church Affairs”, ele condenou a prática de uma pessoa que fala para a congregação, enquanto todos os outros ouvem, chamando-a de uma tradição que era de acordo com o costume das nações (2Rs 17:8). Ele exortou todas as igrejas a praticarem 1 Coríntios 14 sempre que se reunissem. Primeira Coríntios 14:26 diz, “Quando vos reunis, cada um tem…” Sempre que nos reunimos, cada um deve ter algo. O irmão Nee nos disse que necessitávamos substituir o “serviço” tradicional do domingo pela manhã com alguma outra coisa, mas naquela época não encontramos uma maneira para fazer isso. Nós começamos a fazer reuniões com irmãos da igreja no sábado pela manhã para encorajá-los a aprender a falar. Naquela reunião não havia um líder designado para pedir um hino ou orar; a reunião era aberta para todos. Contudo, aquela maneira de reunir não foi um sucesso, por fim nós a abandonamos.
A restauração do Senhor veio para América em 1962, mas naquela época não tivemos clareza concernente a questão de profetizar nas reuniões. Somente nos anos 1970 que a prática de profetizar começou a ser restaurada. Naquela época as reuniões na restauração do Senhor ascendiam às alturas. Desde então, a questão de profetizar no sentido escritural tem sido muito clara a nós. Contudo, ainda não praticamos o profetizar de maneira adequada.
dois modelos de profetizar
Lucas 1:39-45 e 46-55 retratam dois modelos de profetizar—o profetizar de Isabel e de Maria. Na época de Lucas 1, os santos ainda estavam na atmosfera do Antigo Testamento: Jesus ainda não tinha nascido, os discípulos ainda não tinham sido escolhidos, e não havia crentes do Novo Testamento. Contudo, mesmo naquela época havia dois modelos muito bons de profetizar. Muitos de nós não podem tentar superar o padrão elevado do profetizar de Isabel e Maria. Elas ainda não tinham entrado na economia neotestamentária de Deus. Como descendentes dos santos do Antigo Testamento, elas ainda estavam na atmosfera do Antigo Testamento, mas profetizavam segundo um padrão elevado. Isso é uma vergonha para muitos de nós.
A restauração do Senhor tem estado neste país por quase 28 anos, e o Senhor liberou muitas coisas da Sua palavra para nós, especialmente nos últimos sessenta anos. Muitos dos itens que foram liberados são novos para os cristãos, tais como a economia neotestamentária de Deus, o dispensar divino da Trindade divina, o mesclar da divindade com a humanidade, e o Espírito como a consumação do Deus Triúno. Temos ouvido esses itens muitas vezes, mas a nossa oração e nosso louvor ainda são tradicionais e velhos. Os itens desses feitos divinos não foram introduzidos em nosso falar, e comumente não o ouvimos em nossa oração e serviço. Por essa razão, ainda somos forçados a publicar livros contendo os “ABCs”, as coisas elementares, da Palavra santa. O conteúdo dos modelos do profetizar em Lucas 1, contudo, não são elementares.
o modelo dO profeTIZAR de isabel
Viver na Presença de Deus e na Comunhão com o Senhor
O modelo do profetizar de Isabel é visto em Lucas 1:39-45. O conteúdo desses sete versículos implicam que Isabel, a mãe de João Batista, vivia na presença de Deus e na comunhão com o Senhor, em comunicação constante e continua com o Senhor. Sem viver na presença de Deus e na comunhão com o Senhor, ninguém poderia expressar tal louvor, tal benção, com um profetizar de predição. Isabel era uma pessoa que estava pronta para falar pelo Senhor. Quando Maria veio e a saudou, o bebê de Isabel pulou no seu ventre, e ela começou a profetizar. Se não tivesse pronta a falar pelo Senhor, ela se voltaria para uma conversa natural.
Porque Isabel vivia em comunhão com o Senhor, não creio que ela fosse capaz de falar de maneira solta ou especulatória. Contudo, na vida da igreja hoje há muita fofoca, especialmente no telefone. Alguns podem dizer que estão muito ocupados e cansados para orar, mas são capazes de gastar um longo tempo fofocando no telefone. Alguns podem até alegar que não tem vinte minutos para visitar as pessoas para alimentá-las com Cristo, mas tem um tempo adequado para fofocar. A razão que muitos santos não poderem profetizar nas reuniões é que eles gastaram muito tempo fofocando. Até mesmo brigar com nossa esposa por um curto tempo pode nos impedir de falar nas reuniões por muitos dias.
Romanos 6:19 diz, “Pois assim como apresentastes à impureza e à iniqui-dade os vossos membros como escravos para a iniquidade, assim apresentai agora, à justiça, os vossos membros como escravos para a santificação”. Muitos de nós necessitam tomar uma decisão para apresentar nossa língua e lábios para o Senhor, com um voto para falar Dele e restringir nosso falar de qualquer fofoca. Tal voto nos liberará de qualquer fofoca. Sempre que uma palavra de fofoca vier a nossa boca, nos lembraremos que a nossa boca foi apresentada ao Senhor para falar Dele. Se a nossa fofoca parar dessa maneira, não apenas nós, mas também toda a igreja será reavivada. Se a fofoca pudesse ser parada em todas as igrejas, todas elas seriam reavivadas.
Possuir o Conhecimento Espiritual e com                                                      Relação ao Mover do Senhor
O profetizar de Isabel também mostra claramente que ela possuía muito conhecimento espiritual. Todas as suas palavras e expressões eram muito espirituais. Ela também possuía uma preocupação genuína com o mover do Senhor. Ela era tão preocupada com o mover do Senhor na terra na sua época que não se importava com o seu próprio bem estar. Quando o bebê pulou em seu ventre (Lucas 1:44), ela não tinha nenhuma preocupação quanto a sua saúde ou sua gravidez. Antes, ela estava completamente preocupada com o interesse do Senhor.
Se formos profetizar nas reuniões da igreja, devemos obter muito conheci-mento espiritual e assimilarmos muitos termos espirituais, e devemos ter uma preocupação adequada com o mover do Senhor hoje. Quando formos à reunião do dia do Senhor, talvez não tenhamos nada a dizer por que a nossa preocupação não é pelo interesse do Senhor, mas para a nossa própria segurança e bem estar. Quando formos à reunião, nada dessa terra deve ainda permanecer em nós. Devemos ir com uma preocupação com o mover do Senhor, Seus interesses, e Seu reino. Se fizermos isso, certamente teremos algo a dizer.
Ser Despertado em Seu Espírito com a Saudação de Maria
Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o bebê saltou dentro dela, ela foi despertada em seu espírito (vv. 41, 42). É evidente pela sua declaração e expres-sões que ela estava em seu espírito, não na sua mente. Se não estivesse em seu espírito, ela falaria alguma coisa da sua mente ou exercitaria suas emoções. Em vez disso, ela disse: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre!” Tal expressão de benção mostra que Isabel estava cheia em seu espírito, não dando atenção para as coisas da mente.
Receber a Inspiração Instantânea do Espírito Santo e                                          Ter a Declaração por Exercitar Seu Espírito
Ao ser despertada em seu espírito, Isabel imediatamente recebeu a inspi-ração instantânea do Espírito Santo (v. 41b), e ela exclamou ao exercitar seu espírito (v.42a). O versículo 42 diz, “E exclamou em alta voz”. Falar em alta voz dessa maneira é exercitar o espírito. Nas reuniões, frequentemente os irmãos e irmãs não falam com ousadia; isto é, eles não falam alto com o exercício do seu espírito. Falar sem exercitar nosso espírito traz morte para nós mesmos e para aqueles que nos ouvem. Ao falar pelo Senhor, precisamos colocar nós mesmos de lado e falar alto com o exercitar do nosso espírito.
Para Abençoar Maria
Na profecia de Isabel, ela abençoou Maria, aquela que tinha vindo a ela. O versículo 42 diz: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre!” O fruto do ventre de Maria era Cristo. A Bíblia nos diz que Cristo é a semente (Gn 3:15; 17:8; Gl 3:16), a raiz (Is 11:10; 53:2; Ap 5:5; 22:16), a árvore (Jo 15:1; Ap 2:7; 22:2), e o ramo (Is 4:2; Jr 23:5), mas sem a benção de Isabel não saberíamos que Cristo também é o fruto; faltaria uma das figuras que descrevem o que Cristo é. A profecia de Isabel, a única porção da Palavra que nos diz que Cristo é um fruto, completa as figuras com respeito a Cristo. Ele é a semente, a raiz, a árvore e o fruto. A semente, a raiz, a árvore e o ramo são todos para o fruto.
A benção de Isabel à Maria implica em muitas coisas. Para Isabel dizer, “Bendito o fruto do teu ventre!” não foi uma declaração comum. Maria veio à Isabel no sexto mês da gravidez de Isabel, logo depois que Maria tinha concebido (vv. 26, 39-40). Ela percebeu que Maria estava grávida e que o fruto do seu ventre era Cristo. Esse era o preconhecimento de Isabel. Então, seu falar com respeito a Cristo como o fruto do ventre de Maria era uma profecia de predição.
Isabel também abençoou Maria ao dizer, “Bem-aventurada a que creu” (v. 45a). Essa foi a percepção de Isabel da fé de Maria no Senhor. Abençoar Maria dessa maneira indica que Isabel tinha uma visão sob a iluminação divina com respeito a situação de Maria.
Reconhecer os Feitos do Senhor
Ao exercitar o seu espírito, Isabel foi capaz de reconhecer os feitos do Senhor. No versículo 43 ela disse: “E de onde me provém isto, que venha a mim a mãe do meu Senhor?” Isabel percebeu que o bebê no ventre de Maria era o seu Senhor, Cristo, o único fruto para alimentar a humanidade. Isso deve ter sido uma revelação espiritual ou uma visão. Para compor uma profecia adequada, devemos ter discernimento sob a iluminação divina para conhecer a situação e o ambiente no qual estamos. Sem tal visão sob a iluminação divina, Isabel não seria capaz de reconhecer que o bebê no ventre de Maria era Cristo como o Senhor e como o único fruto para alimento da humanidade. Antes, ela poderia ter perguntado, “Como vai você? O que aconteceu com você?” Na verdade perguntar a alguém como ele está indica que estamos na escuridão sobre a sua situação. Se estivermos sob a luz e tivermos a visão para ver por meio do ambiente, saberemos qual é a situação de cada pessoa. Podemos saudar um irmão dizendo, “Irmão, eu sei que você teve alguns problemas”. Esse tipo de palavra indicará ao irmão que alguém conhece a situação dele, e poderá ser um verdadeiro conforto para ele. Para profetizar precisamos desse tipo de revelação espiritual. Por meio de tal revelação, conheceremos nossa própria situação, a situação dos santos e da igreja, a situação das pessoas a nossa volta, e até mesmo a situação do mundo e do país que vivemos. Precisamos ser aqueles que têm esse tipo de percepção com relação ao ambiente a nossa volta. Isso nos ajudará a profetizar.       
Predizer a Completação das Coisas Ditas pelo                                                     Anjo a Maria, Confirmando-As
No versículo 45, Isabel disse com relação à Maria, “Porque serão cumpridas as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor”. Ao exercitar seu espírito, Isabel tinha a declaração para predizer a completação das coisas ditas pelo anjo a Maria nos versículos 30-37, confirmando-as. A percepção de Isabel ajudou-a confirmar, ao predizer sua completação, as coisas que o Senhor tinha dito à Maria por meio do anjo.
Ao ler a profecia de Isabel podemos ver que tipo de pessoa ela era. Sua profecia abrangeu todos os elementos de uma profecia adequada.
o modelo dO profetizar de Maria
A profecia de Maria em Lucas 1:46-55 é mais profunda e elevada do que a de Isabel. Apesar de Isabel ser mais velha e mais experiente que Maria, o conte-údo espiritual no falar de Maria é mais elevado e profundo.
Primeiro Seu Espírito Exulta em Deus Seu Salvador,                                         Então Sua Alma Engrandece o Senhor
Nos versículos 46-47 Maria disse, “A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito rejubilou-se em Deus, meu Salvador”. O tempo verbal usado nessa sentença indica que primeiro o espírito de Maria rejubilou em Deus, seu Salvador; então sua alma seguiu para engrandecer o Senhor. Rejubilar é mais do que meramente estar feliz ou alegre. É regozijar com gritos e exaltação. Engran-decer o Senhor é mostrar ou declarar o Senhor que é grande, exaltado ou glorificado. A expressão poética de Maria indica que ela tinha uma experiência espiritual adequada.
A Declaração da Profecia de Maria
Baseada no Seu Conhecimento das Escrituras─                                                       É Composta de Citações do Antigo Testamento
A declaração da profecia de Maria foi baseada, primeiro, no seu conheci-mento das Escrituras. Toda sua profecia foi composta de citações do Antigo Testamento. Por meio disso podemos ver que Maria, como uma jovem mulher, estava muito familiarizada com o Antigo Testamento. Maria era a pessoa correta, um vaso adequado, selecionado por Deus para ser o canal da encarnação do Salvador. Nos tempos antigos, as mulheres não eram tão instruídas como os homens. Contudo, apesar de Maria e Isabel serem mulheres, elas tinham ganho uma grande porção de conhecimento do Antigo Testamento.
Espero que alguns, especialmente os jovens, componham um louvor ou uma oração ao citar todos os termos especiais do atual ministério da restauração do Senhor, como por exemplo, “a economia neotestamentária de Deus”, “o sacer-dórcio do evangelho do Novo Testamento”, “o dispensar divino da Trindade divina” e “o mesclar da divindade com a humanidade”. Ao fazer isso, todos deve-remos estar bem familiarizados com todos esses termos espirituais. Muitos cristãos podem cantar músicas a respeito da bondade e misericórdia de Deus, mas quem tem composto uma canção a respeito do sacerdócio do evangelho de Deus no Novo Testamento para cumprir Sua economia neotestamentária? A bondade e misericórdia de Deus são questões elementares; o sacerdócio do evangelho do Novo Testamento para cumprir Sua economia neotestamentária é muito mais elevada.


Baseada no Seu Conhecimento e Experiência de Deus
A declaração da profecia de Maria foi baseada também no seu conheci-mento e experiência de Deus, isto é, no que Deus tinha feito a ela e por ela. Os versículos 48-50 se referem ao lidar de Deus com Maria em particular. No versículo 48, Maria disse, “Porque atentou na condição humilde de Sua serva”. Maria não se considerava meramente uma virgem, mas uma escrava de Deus. Além disso, ela considerava sua situação humilde porque era pobre. Maria era uma descendente de Davi, mas naquela época ela era uma virgem humilde, não em Jerusalém ou em Belém, a cidade de Davi, mas em Nazaré, uma cidade desprezada numa região desprezada. Não obstante, Deus a cobriu em sua posição humilde, em sua situação humilde, e a escolheu para ser o vaso para Sua encarnação.
No versículo 48, Maria profetizou, dizendo, “Pois eis que desde agora todas as gerações me considerarão bem-aventurada”. Todas as gerações consideram Maria bem-aventurada. Deus a elevou da sua condição humilde a uma posição elevada, para ser “a mãe do meu Senhor” (v. 43). Uma jovem mulher de Nazaré foi elevada por Deus para ser a mãe do Senhor. No versículo 49, Maria continuou, “…Porque o Poderoso me fez grandes coisas; santo é o Seu nome”. Essa é uma indicação que Maria creu na palavra que o anjo disse a ela nos versículos 30-37. No versículo 50, ela continuou, “A Sua misericórdia vai de geração em geração sobre os que O temem”. Maria era uma jovem mulher que temia a Deus. Por isso, a misericórdia de Deus veio a ela assim também às gerações e gerações daqueles que O temem. O pensamento aqui é maravilhoso, e a composição, a expressão é muito poética. Maria não era uma professora universitária, mas uma “campo-nesa” de Nazaré, ainda assim ela pode declarar tal profecia poética. Isso é uma vergonha para nós. Não somos “camponesas”; muitos de nós tem nível universitário, e alguns tem doutorado. Contudo, não muitos podem compor tal profecia significativa e poética.  
Baseada no Seu Conhecimento do Lidar de Deus com o Povo
A profecia de Maria também foi baseada no seu conhecimento do lidar de Deus com o povo em geral. Os versículos 47-50 falam do lidar de Deus com Maria em particular, enquanto que os versículos 51-53 são concernentes aos princípios pelos quais Deus lida com Seu povo em geral. Os versículos 51-52 Maria disse, “Com o Seu braço exerceu poder; dispersou os que são soberbos no pensamento de seus corações. Derrubou dos tronos os poderosos e exaltou os humildes.” Deus é capaz de lidar com cada um. Na visão dos princípios revelados nesses versículos concernente ao lidar de Deus com o povo, não devemos ser orgulhosos. Em sua arrogância, Mussolini, o ditador da Itália, invadiu a Etiópia em 1935. Assim também, Hitler em sua arrogância, quebrou sua promessa ao primeiro ministro britânico e invadiu a Checoslováquia e a Polônia em 1939. Esses eventos começaram a Segunda Guerra Mundial. Por fim, Deus dispersou esses dois homens excessivamente arrogantes. Até o dia de hoje ninguém sabe onde está o cadáver de Hitler. Deus derrubou as potências, incluindo Mussolini e Hitler, dos seus tronos e exaltou os humildes. Na história Deus frequentemente faz isso.
No versículo 53 Maria continuou, “Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos”. Dar boas coisas é exterior e objetivo, mas encher é interior e subjetivo. Deus tem nos enchido com boas coisas, e o rico Ele despediu vazio— não simplesmente de mãos vazias, mas vazios interior e subjetivamente. Se nos considerarmos ricos, seremos pobres; devemos ser vazios em tudo. Mas se formos pobres e famintos, seremos enchidos. Em Mateus 5:3 e 6 o Senhor Jesus falou segundo esse princípio: “Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus… Bem-aventurados os que tem fome e sede de justiça, porque serão fartos.”
Baseada no Seu Conhecimento dos Feitos Misericordiosos                                     de Deus aos Seus Ancestrais
A profecia de Maria também foi baseada no seu conhecimento dos feitos misericordiosos de Deus aos seus ancestrais. Em Lucas 1:54-55 ela disse, “Amparou Israel, Seu servo, a fim de lembrar-se da misericórdia para com Abraão e sua descendência para sempre como falara a nossos pais.” Deus exercitou Sua misericórdia para com Abraão e para com o seu descendente, incluindo Maria. Ela herdou as bênçãos do lidar de Deus com os seus ancestrais.
Os versículos 46-55 constituem um profetizar completo e significativo. Em seu falar, Maria abordou sua própria experiência de Deus, o lidar de Deus com o povo de maneira geral, e os feitos misericordiosos de Deus aos seus ancestrais. No profetizar dessa jovem irmã, há as riquezas do conhecimento da Bíblia, o conhecimento do lidar de Deus com o povo, e o conhecimento dos feitos miseri-cordiosos de Deus para os seus ancestrais. Depois de ver todos esses pontos elevados com relação ao profetizar de Maria, certamente deveríamos ser humildes e percebermos que necessitamos de muito aprendizado para sermos capazes de falar como Maria falou.
aprender a falar, pedir hinos e orar nas reuniões
Algumas vezes são pedidos hinos na reunião da mesa do Senhor que são inadequados para essa reunião. O propósito da mesa do Senhor é lembrar o Senhor. O Senhor Jesus disse, “Fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de Mim” (1Co 11:25). Contudo, alguns dos hinos pedidos na reunião da mesa do Senhor não são para lembrança do Senhor. Um hino pode ser muito bom, mas pode não condizer com a natureza da mesa do Senhor. Quando tal hino é pedido, não devemos discutir, mas devemos selecionar um hino adequado para substituí-lo. Dessa maneira todos os presentes na reunião aprenderão a como pedir um hino apropriado.
Além disso, algumas das orações oferecidas na reunião da mesa do Senhor não são apropriadas para essa reunião. Por isso, todos nós necessitamos aprender a como falar, pedir hinos e orar. Maria não poderia declarar a sua profecia em Lucas 1 sem algum aprendizado. Ela pode ter praticado falar dia após dia em sua casa em Nazaré. Precisamos praticar nossa oferta de orações na reunião da mesa do Senhor. Podemos aprender a dizer, “Senhor, Te agradecemos porque estamos na Tua mesa. Na mesa o cálice é separado do pão, significando que o Teu sangue foi separado do Teu corpo. Por isso, essa mesa exibe Tua morte para nós. Obrigado por esse cálice, e obrigado por esse pão.” Então outro irmão ou irmã pode continuar, “Senhor, esse cálice significa a aliança que Tu decretastes para nós com Teu sangue”. Outro pode prosseguir, “Senhor, o pão significa o Teu corpo físico que Tu destes para nós na cruz, e também significa o Teu Corpo místico, que é a igreja, incluindo a mim e todos os santos”. Se três santos orarem dessa maneira na reunião da mesa do Senhor, a reunião subirá ao terceiro céu.
Se os hinos pedidos e as orações oferecidas não condizem com a reunião da mesa do Senhor, será difícil distribuir o pão e o vinho, mesmo que um tempo considerável tenha passado, porque a atmosfera apropriada não terá sido desen-volvida. Por outro lado, se hinos apropriados são pedidos e orações apropriadas são oferecidas, a atmosfera será desenvolvida, e o partir do pão poderá acontecer muito cedo na reunião. Algumas vezes na reunião um hino apropriado é pedido, mas depois que o hino é cantado, nenhuma oração é oferecida. A razão é que os presentes não têm a capacidade de oferecer louvores que condigam com tal hino. Por isso, todos nós temos muito que aprender.
Muitos de nós não percebem quão carentes somos de aprendizado espiri-tual adequado. Essa é a razão de nossas reuniões serem deficientes, sem graça, vazias e carentes de um conteúdo rico. Todos precisamos aprender, para que possamos melhorar a nossa situação. Não muitos entre nós, incluindo os presbíteros e cooperadores, tem sacrificado tempo e energia suficientes para aprender as lições espirituais. Os presbíteros e cooperadores devem reservar mais tempo para o aprendizado espiritual. Esse aprendizado nos constituirá com um aproveitamento melhor para que nossas reuniões sejam mais elevadas. Todos nós precisamos aprender a não apenas falar nas reuniões, mas também a falar algo significativo segundo a nossa melhor capacidade.

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