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terça-feira, 27 de novembro de 2012

A PRÁTICA DE PROFETIZAR: OS CONSTITUINTES BÁSICOS






os constituintes básicos de uma profecia

Leitura bíblica: Mt 4:4, 7, 10; Rm 1:17; 10-18; Mt 22:31-32; Hb 2:5-9; At 13:33; Gl 4:22-26; Ef 4:8-10; 1Co 14:26; Ap 1:11; Ef 1:10; 3:9; 1Tm 1:4; Rm 15:16; 1Pe 2:5, 9

Nesta mensagem consideraremos os constituintes básicos de uma profecia.

o conhecimento pessoal das escrituras
Estar Familiarizado com a Palavra de Deus Literalmente

O primeiro constituinte básico de uma profecia é o conhecimento pessoal das Escrituras. Para ganhar tal conhecimento, precisamos estar familiarizados literalmente com a Palavra de Deus. Devemos até mesmo memorizar muitos versículos cruciais da Bíblia. Por exemplo, devemos memorizar os primeiros versículos de livros como Gênesis, Salmos, Mateus, João e Hebreus. Também devemos memorizar versículos tais como João 3:6, 16 e 36; João 14:26 e 15:26; e João 15:16 e Romanos 15:16. Além disso, precisamos planejar uma maneira particular que nos capacite lembrar o livro, capítulo e o número do versículo de versículos cruciais.


Como o Senhor Fez em Mateus 4:4, 7, 10

Segundo Mateus 4:4, 7, e 10, o Senhor Jesus estava familiarizado com a Palavra de Deus literalmente. Quando o Senhor repreendeu Satanás em Mateus 4, Ele recitou três versículos de Deuteronômio (8:3; 6:16, 13). Isso indica que Ele estava bem familiarizado com aquele livro.

Como o Apóstolo Fez em Romanos 1:17; 3:4, 10-18

O apóstolo Paulo também estava familiarizado com a Palavra de Deus literalmente. A palavra de Paulo em Romanos 1:17 e 3:4, 10-18 são citações do Antigo Testamento. Quer Paulo tivesse o Antigo Testamento diante dele ou memorizado esses versículos, ele estava bem familiarizado com eles.

Conhecer as Denotações e os Significados                                               Profundos da Palavra de Deus

Para ter o conhecimento pessoal das Escrituras, não devemos meramente conhecer o texto na letra, mas as denotações e significados espirituais profundos da Palavra de Deus. Muitas pessoas podem entender certos versículos como, por exemplo, João 3:16, superficialmente; mas não conhecem as denotações profundas desses versículos. Quase todos podem entender um versículo literal-mente, nas letras pretas no papel branco, mas devemos ter uma percepção, uma visão profunda, para ver as denotações profundas. Quase todos os versículos da Bíblia carregam uma denotação profunda. Versículos como João 3:16 não apenas carregam uma denotação superficial, mas também contém algo mais profundo. A Bíblia é profunda, e ninguém pode entendê-la completamente. Sob sua superfície estão muitos segredos e mistérios. Se tentarmos entender a Bíblia de maneira superficial, não chegaremos a uma compreensão adequada. A profundidade da Bíblia é infinita.

Conhecer as Denotações Profundas


O entendimento do Senhor de Êxodo 3:6, revelado em Mateus 22:31-32, é uma ilustração do conhecimento das denotações profundas da palavra de Deus. Êxodo 3:6 diz, “Eu sou… o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó.” É fácil ver a denotação superficial desse versículo, mas ninguém foi capaz de ver a denotação mais profunda até que o mais Sábio, o Senhor Jesus, viesse. Em Mateus 22:31-32 o Senhor disse, “E, quanto à ressurreição dos mortos, não lestes o que vos foi dito por Deus: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos.” Segundo a interpretação do Senhor desse versículo, Deus é o Deus de vivos e não é Deus dos mortos; por isso, ainda que Abraão, Isaque e Jacó estivessem mortos e sepultados, eles serão ressuscitados. Eles estão vivos, e Deus é o seu Deus. Por essa curta palavra podemos ver que o Senhor Jesus compreendia a Palavra de Deus em sua denotação profunda.
O entendimento do apóstolo Paulo do Salmo 8:4-6, revelado em Hebreus 2:5-9, é uma outra ilustração do conhecimento das denotações profundas da palavra de Deus. O salmo 8:4-6 diz, “Que é o homem, que dele te lembres? E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe puseste.” Podemos pensar que entendemos esses versículos. Contudo, “de glória e de honra o coroastes” implica em algo muito elevado e profundo que é difícil compreender. Deus deu domínio sobre todas as coisas a Adão, mas Ele não corou Adão com glória e honra. Além disso, Deus não sujeitou todas as coisas sob os pés de Adão. Esses versículos falam Daquele cuja cabeça é coroada de glória e honra e debaixo dos pés nos quais todas as coisas estão sujeitas. Paulo entendeu esses versículos mais profundamente que os mestres judeus. Eles podem ter dito que esses versículos se referem a Adão, mas, Paulo percebeu que deviam ter um significado mais elevado. Então em Hebreus 2 ele interpretou essa porção da Palavra de Deus segundo sua denotação mais profunda. Segundo a interpretação de Paulo, esses versículos referem-se a Cristo e Sua ascensão, em Sua segunda vinda, o reino milenar e a eternidade. Em Sua ascensão Cristo foi coroado com glória e honra, e em Seu reino e na eternidade Deus sujeitará todas as coisas debaixo dos Seus pés. Paulo entendeu essa porção da palavra de Deus em sua denotação mais profunda.
Podemos também ver o conhecimento de Paulo das denotações profundas da Palavra de Deus em seu entendimento do Salmo 2:7, como é revelado em Atos 13:33. O Salmo 2:7 diz, “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei”. Aparentemente essa foi a palavra de Deus falada a Davi, rei de Israel. Contudo, Atos 13:33 diz, “Que Deus cumpriu plenamente a nós, filhos deles, ressuscitando Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és Meu Filho, Eu hoje Te gerei.” Segundo sua denotação profunda, o Salmo 2:7 se refere a ressurreição de Cristo. Paulo nos diz claramente que a ressurreição de Cristo foi o Seu nascimento. Cristo foi gerado por Deus em Sua ressurreição. Cristo era o Primogênito Filho de Deus (Jo 3:16) quando Ele veio para ser encarnado, mas Ele nasceu como o primogênito Filho de Deus em Sua ressurreição. Cristo nascer como primogênito Filho de Deus indica que muitos outros O seguiriam para nascer de Deus e se tornarem os muitos filhos de Deus (Rm 8:29). Por essa interpretação podemos ver quão profundo era o entendimento do apóstolo da Bíblia. Comparado com o seu, nosso entendimento da Bíblia é muito superficial.
A denotação profunda das Escrituras pode ser também encontrada em João 3:16, que tem sido superficialmente entendida por muitos crentes por séculos. João 3:16 é um dos versículos mais profundos na Bíblia. Para entender qualquer versículo da Bíblia, devemos atentar ao contexto daquele versículo. João 3:16 é um capítulo de trinta e seis versículos. Então, para entender esse versículo, devemos atentar ao capítulo todo.
O tema de João 3 é a regeneração. Para ser regenerado, precisamos de duas coisas—a cruz e o Espírito. Os versículos 14-15 neste capítulo dizem, “E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que Nele crê tenha a vida eterna.” Podemos ser regenerados porque o Senhor Jesus foi crucificado por nós. Por ter- -nos tornado serpentes ao sermos picados pela velha serpente, o diabo, Satanás (Gn 3:1, 13-15; Ap 12:9a), o Senhor Jesus morreu na cruz na forma de uma serpente, isto é, na nossa forma. Ele morreu como nosso substituto para que pudéssemos ter a vida eterna. O versículo 6 deste capítulo diz, “E o que é nascido do Espírito é Espírito”. O Espírito mencionado aqui é o Espírito que dá vida. Então, somos regenerados por meio da crucificação de Cristo e por meio do Próprio Cristo se tornando o Espírito que dá vida (1Co 15:45b).
João 3 também nos diz claramente que a regeneração é para o aumento de Cristo. Os versículos antes do versículo 16 nos diz a maneira pela qual podemos ser regenerados, e os versículos depois do versículo 16 nos diz que aqueles regenerados são o aumento de Cristo, e que esse aumento é o complemento de Cristo, Sua noiva. Então, esses versículos revelam que o Senhor Jesus veio na forma de uma serpente, isto é, na “semelhança da carne do pecado” (Rm 8:3), para morrer por nós, e depois de morrer e ser ressuscitado, Ele é agora o Noivo nos esperando para ter-nos como Sua noiva. O casamento do Noivo e da noiva será em Apocalipse 19, mas a preparação para o casamento é vista em João 3.
João 3:16 diz que Deus deu Seu Filho Primogênito não para o homem, mas para o mundo. Esse versículo diz que Deus amou o mundo, não que Ele amou o homem. O mundo não é composto de homens, mas de “serpentes.” Cada nação na terra é uma nação de “serpentes”. O mundo mencionado em João 3:16 não significa a terra, mas o homem caído que foi engolido por Satanás, a serpente, e se tornou um sistema satânico. Essa é a razão porque o Senhor Jesus disse que Ele seria levantado e morreria como uma serpente, como nosso Substituto. Então, Deus amou as “serpentes” e Ele deu Seu Filho para essas “serpentes”. Além disso, Seu Filho se tornou uma serpente para que todas essas serpentes sem vida pudessem ser vivificadas para ter a vida eterna. Essa vida eterna produz os crentes em Cristo, constitui e edifica o Corpo de Cristo como Sua noiva.
João 3:16 indica ainda que o Deus que amou o mundo serpentino é triúno. O fato de o Filho ser mencionado nesse versículo é uma indicação do Deus Triúno. O Deus simples não tem um Filho; é o Deus Triúno que tem um Filho.
Essa é a mais profunda denotação em João 3:16. Em resumo, essa denotação é que o Deus Triúno, revelado em Gênesis 1, que amou tanto o povo serpentino do mundo satânico que Ele deu Seu Filho Primogênito, o Segundo da Sua trindade Divina, por eles em encarnação para morrer por eles na forma de uma serpente como Seu substituto e se tornar o Espírito que dá vida para que aqueles que Nele cressem como seu Redentor pudessem ser regenerados com Sua vida eterna por Si mesmo como o Espírito que dá vida, para serem os muitos filhos de Deus (Jo 1:12; Hb 2:10) e Seus muitos irmãos (Rm 8:29) para constituir Seu Corpo, a igreja (Ef 1:23), como Seu aumento e Sua noiva, para O satisfazer e O expressar, isso será consumado na Nova Jerusalém, como é revelado em Apocalipse 21 e 22, para manifestar o Deus Triúno consumado e processado para o cumprimento da Sua eterna economia. Então, tal denotação não é apenas profunda, mas profundamente abrangente em seu período, um período que abrange toda a Bíblia desde o primeiro capítulo, Gênesis 1, até o último capítulo, Apocalipse 22.  

Conhecer os Significados Espirituais

Para ter o conhecimento pessoal das Escrituras, devemos também conhecer os significados espirituais da Palavra de Deus. O conhecimento de Paulo dos significados espirituais da Palavra de Deus pode ser visto em sua interpretação de Gênesis 16:15 e 21:2, como revelado em Gálatas 4:22-26. De acordo com o texto de Gênesis 16:15 e 21:2, podemos ver duas mulheres: Sara, a esposa de Abraão, e Hagar, sua concubina. Entretanto, em Gálatas 4:22-26 Paulo disse que essas duas mulheres são figuras: Hagar, significa a antiga aliança, que produz filhos para a escravidão, enquanto Sara significa a nova aliança, que produz filhos para a liberdade. Com essas duas mulheres há um significado profundo.
O conhecimento de Paulo dos significados espirituais da Palavra de Deus também pode ser visto em sua interpretação do Salmo 68:18 em Efésios 4:8-10. O Salmo 68:18 diz, “Subiste às alturas, levaste cativo o cativeiro.” Superficial-mente, esse versículo diz que alguém que é poderoso ascendeu às alturas e levou cativo os cativos. O significado espiritual desse versículo, contudo, é mais difícil de ver. Em Efésios 4:8-10 Paulo interpretou o Salmo 68:18 como referindo-se a ascensão de Cristo ao pico mais elevado do universo, o terceiro céu, simbolizado pelo monte Sião (Sl 68:15-16). Além disso, em Sua ascensão Cristo capturou todos os cativos de Satanás e os fez Seus cativos. A Amplified New Testament traduz Efésios 4:8, “Ele conduziu um trem de inimigos vencidos”. Isso significa que Cristo venceu, derrotou, e capturou Seus inimigos e os conduziu aos céus como Seus cativos. Nos céus Ele ofereceu esses cativos ao Seu Pai como um dom, uma oferta. O Pai se agradou e os retornou a Cristo como dons. Então Cristo deu esses dons, incluindo todos nós, para a igreja. Que significado profundo o apóstolo Paulo viu no Salmo 68!

Receber a Iluminação Espiritual e Ver a Visão                                             Espiritual na Palavra de Deus

Ao ganhar o conhecimento pessoal das Escrituras, também precisamos receber iluminação espiritual e ver uma visão espiritual na Palavra de Deus.

Receber Iluminação Espiritual

Há mais de cinquenta e sete anos, o irmão Nee recebeu iluminação espiritual da reunião de mutualidade em 1 Coríntios 14:26, e deu muita ênfase a essa verdade. Ele viu que segundo 1 Coríntios 14:26, quando nos reunimos, cada um tem alguma coisa. Em Janeiro de 1937, em Xangai o irmão Nee compartilhou isso em uma conferência especial para um pequeno grupo de cooperadores, e aquelas mensagens estão compiladas no livro A Vida Cristã Normal da Igreja. Quase todo o cristão que lê 1 Coríntios 14 não vê nada naquele capítulo com relação a reunião de mutualidade. Contudo, o irmão Nee recebeu iluminação espiritual. Ele também recebeu iluminação espiritual concernente a base local da igreja em Apocalipse 1:11.

Ver a Visão Espiritual

Também devemos ver a visão espiritual na Palavra de Deus, por exemplo a visão da economia de Deus, a dispensação de Deus, em Efésios 1:10; 3:9; e 1 Timóteo 1:4. A palavra oikonomia nesses três versículos indicam uma adminis-tração familiar em uma grande família para a distribuição ou o dispensar das necessidades diárias para os membros da família. José executou tal distribuição ou dispensação para Faraó. José era um despenseiro designado para executar a economia de Faraó ao dispensar a rica abundância das necessidade diárias para seu povo (Gn 41:55-57). Começamos a ver a visão da economia de Deus há menos de vinte anos.
Em Abril de 1989 vimos a visão espiritual dos sacerdotes do evangelho de Deus. Isso é mencionado em Romanos 15:16 e é confirmando e reforçado em 1 Pedro 2:5 e 9. Lemos esses versículos na Bíblia por muitos anos, e os temos exposto muitas vezes, mas nunca vimos os sacerdotes do evangelho de Deus até esse momento. Essa é uma visão espiritual.
Ao ler a Bíblia devemos sempre manter-nos abertos para ver as denotações e significados profundos e receber iluminação e visão espiritual. Isso pode ser difícil, mas com tudo que é significante há alguma dificuldade. Devemos fazer o possível para aprendermos e não ficarmos desapontados com nossa condição atual. Não devemos esquecer que estamos na restauração do Senhor. Muitas verdades na Bíblia foram perdidas, mas desde o segundo século, o Senhor tem restaurado o que foi perdido. Devemos crer que hoje o Senhor ainda continua restaurando muitas verdades. Nossa tradução do Novo Testamento é chamada de a Versão Restauração, porque na tradução e notas dessa versão muitas verdades da Palavra de Deus foram restauradas. Os jovens entre nós, especialmente, devem ser encorajados a prosseguir para receber iluminação espiritual e visão espiritual da Palavra de Deus.


a experiência pessoal de vida

O segundo constituinte básico de uma profecia é a experiência pessoal de vida. Devemos ter uma experiência de vida pessoal. Conhecimento por si mesmo é vazio; nosso conhecimento deve ser preenchido com nossa experiência.
Na vida cristã há duas categorias de experiências. Na primeira temos as experiências pessoais dos feitos e bênçãos do Senhor em coisas físicas e ocorrências no ambiente. Na reunião do dia do Senhor, muitos dos testemunhos dados estão relacionados a essa categoria de experiências. Muitos santos experienciam os feitos misericordiosos do Senhor e as Suas bênçãos para eles nas coisas físicas ou materiais. Esses feitos misericordiosos e bênçãos, contudo, não são graça. Graça não é algo na esfera física. Graça é o próprio Deus Triúno corporificado em Cristo e dado a nós como vida para o nosso desfrute.
Precisamos ter a segunda categoria de experiências, que são as experi-ências pessoais da redenção e salvação de Deus, Cristo e a igreja, pregação o evangelho, nutrimento dos novos crentes (alimentar os cordeiros) nas reuniões de casa, aperfeiçoamento dos santos nas reuniões de grupo, profetizar para a edificação da igreja, e outras experiências, pelo exercício do nosso espírito em fé. Devemos ter muitos testemunhos com respeito a essa categoria de experiências, as experiências em vida. Até mesmo a cura de nosso corpo físico é algo na esfera física. É melhor ouvir um testemunho de um irmão que estava na morte espiritual por muitos anos, mas que agora foi reavivado na Palavra santa, ficou entusiasmado, e foi visitar pessoas para salvá-las. Tal irmão pode testificar que antes de ser reavivado ele não podia ajudar outros a ser vivificados, mas desde que foi reavivado, todo aquele que ele contata também é reavivado. Essa profecia é segundo a experiência pessoal de vida.

Não se Prender às Experiências, Testemunhos, Sentimentos,                    Pensamentos, Opiniões, Afeições e Reações Pessoais a                                              Qualquer Pessoa, Questões e Coisas

Para expressar uma profecia adequada, não devemos prender-nos às nossas experiências, testemunhos, sentimentos, pensamentos, opiniões, afeições e reações pessoais a qualquer pessoa, questões e coisas. Quando profetizarmos, devemos rejeitar nossos sentimentos, pensamentos, opiniões e até mesmo afeições pessoais. Também devemos manter distância de nossas reações para com nossa esposa, nossos vizinhos, os presbíteros e os irmãos e irmãs. Em princípio, profetizar não é falar nem expressar a si mesmo e, mais que isso, não é dispensar a si mesmo nas pessoas. Muitas vezes podemos dispensar a nós mesmos para as pessoas em nosso falar a fim de impressioná-las com nossas experiências e afeições. Esse tipo de falar não é o falar do Senhor, mas o falar de nós mesmos, e não está relacionado a Cristo, mas a nós mesmos. Isso não é profetizar, mas nos promover.
Profetizar é principalmente falar por Deus e Cristo, expressar Deus e Cristo e dispensar Deus e Cristo nas pessoas para o nutrimento e suprimento delas. Algumas vezes podemos usar nossa experiência para ilustrar o que estamos falando. Na realidade, profetizar é liberar alguma visão espiritual como uma revelação e alguma iluminação espiritual como uma luz para resplandecer sobre outros, ou levar certas coisas de Deus à luz, isto é, tornar certas coisas conhecidas às pessoas, ou levar as pessoas à iluminação de Deus. Esses são os princípios primordiais que governam o nosso profetizar. Devemos fazer o nosso melhor para falar por Deus e Cristo, e quanto menos falarmos de nós mesmos, melhor.
Os constituintes básicos de uma profecia compõem um padrão muito elevado para o nosso profetizar. Por essa razão, hoje, quase nenhum grupo no cristianismo pratica o profetizar de acordo com 1 Coríntios 14. Contudo, se não pudermos praticar o profetizar, é uma vergonha. Nós somos os crentes do Novo Testamento na economia neotestamentária de Deus. Isabel, Maria e Zacarias eram santos na parte final da era do Antigo Testamento, ainda assim eles profetizaram de maneira maravilhosa. Suas profecias em Lucas 1:42-45, 46-55, e 68-79 tinham todos os constituintes adequados de uma profecia. Nas profecias dos santos nos Salmos, também, podemos ver os constituintes adequados.
É difícil profetizar com os constituintes básicos da profecia. Porém, devemos fazer nosso melhor para falar. As mensagens liberadas por meio desse ministério estão impressas em publicações e gravadas em fitas (hoje em dvd). Creio que todas essas mensagens permanecerão e um dia todos os cristãos praticarão o que estamos falando aqui. Antes de 1960, as pessoas riam com a idéia de os homens pousarem na lua. Contudo, por meio do seu poder, tempo, conhecimento, tecnologia, dinheiro e paciência, os americanos pousaram na lua em 1969. Da mesma maneira, devemos ter muita paciência e fazer o nosso melhor. Por fim, chegaremos ao padrão da profecia com os constituintes básicos como revelado na Palavra Santa.

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