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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O PAPEL DO QUESTIONAMENTO NA RESTAURAÇÃO DAS VERDADES






Não há porque temer a verdade. O único que teme a verdade é o inimigo de Deus, porque ele sabe que não tem caminho na vida dos servos de Deus quando a verdade é exposta. Foi o Senhor quem falou “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8:32; Jo 1:14; Lc 4: 18).

Só teme a verdade decorrente do questionamento sadio e sincero os que estão comprometidos com outra coisa que não seja a Economia de Deus na Fé (1 TM 1:1-5). A verdade proveniente destes questionamentos só coopera para o desenvolvimento normal do Corpo de Cristo. Quando o Senhor Jesus perguntou “Porque cogitais o mal no vosso coração” (MT 9:4), com certeza o fez em amor. Quando o Senhor questionou não precisou abrir mão do amor. Nas minhas leituras da Palavra percebi que os cristãos mais habilidosos em questionar eram os da Igreja em Éfeso, pois foram capazes de por “à prova os que se declararam apóstolos e não eram” (Ap2: 2). Contudo caíram no erro grave de abandonar o primeiro amor (Ap 4:4), e por isso tiveram seu candeeiro removido. Quando Abraão indagou o Senhor (quando este estava para destruir Sodoma e Gomorra) para conhecer a extenção da misericórdia de Deus para com os seus justos certamente foi em amor (Gn 18: 23-23).
É fato registrado na História da Igreja de que os questionamentos foram de Grande contribuição para a restauração das verdades. Foi assim com Martinho Lutero que por apresentar as 95 Teses(Que incluía a justificação pela fé, etc...) foi levado ao tribunal da inquisição e expressou aos seus inquisidores que se “Não pudessem esclarecê-los pelo testemunho das Escrituras, a sua consciência teria que ficar cativa a palavra de Deus”. Se Lutero não tivesse se levantado e mudado o curso da História, quem sabe qual seria a quantidade de terços que teríamos que rezar?. Se W. Nee não questionasse será que teríamos avançado na percepção da necessidade de unidade do Corpo de Cristo de uma maneira plena e real e assim procurar avançar em busca da verdadeira vida da igreja?. Quem lê as mensagens do irmão W. Lee percebe os constantes questionamentos feitos ao Cristianismo (Sistema cristão organizado - denominacional ou não). Quem não se lembra quando o irmão Lee anunciou o lançamento do “Affirmation and Critic” publicado pelo Living Stream Ministry questionando muitas prática do Cristianismo. Questionar não é negativo, pode ser negativo a maneira como é feito!.
É claro que a maior parte de nós seres humanos por natureza somos resistentes a mudanças. E tudo de novo é logo visto diferente ou como algo negativo. Como no caso de Wesley que ao questionar a mornidão da falta de santidade da igreja anglicana foi logo rechaçado e considerado endemoniado. É incrível como qualquer tentativa de questionar na maioria dos grupos sociais não é bem vinda. E logo se tenta reprimir os questionadores primeiramente desqualificando-os, expondo a vida pessoal, familiar e profissional. Isto é feito objetivando tirar o peso moral da pessoa que profere alguma asseveração. Normalmente isso acontece quando não se tem uma resposta plausível para o que é posto em questão. Este costume Chinês interessante de ver primeiro a formação da pessoa que fala para depois validar a veracidade da questão, frustra muita gente quando vê que no currículo do Senhor Jesus tem a profissão de carpinteiro e no de Pedro a de pescador. Isto na verdade apenas contemporiza e distrai para as próximas atitudes que serão tomadas para inibir o questionamento livre.
Muitos por se preocuparem demasiadamente com sua reputação tem horrores a proferir algum questionamento, pois não desejam levar sobre si os estereótipos de mentais, rebeldes, leprosos e aí vai... .E Mesmo sabendo que certas coisas não condizem com a pura palavra de Deus. O que não seria de nós se o Senhor Jesus se preocupasse com os estereótipos e juízos valorativos (este último é ridículo e medíocre por ser uma tentativa forçada de conter a expressão da verdade) feitos pelos escribas e farizeus. Ainda bem que o Senhor não hesitou em morrer uma morte digna de um ladrão.
Isto quando se retraem em questionar por pavor de ofender a Deus, ou a autoridade de Deus como se Deus não gostasse de iluminar os seus filhos, ou elucidar os seus servos. Ou porque julgam que Deus só vai tratar com a falha do oráculo (Este termo refere-se ao Líder maior da restauração na América do Sul, para conhecer com mais profundidade tal terminologia deve-se ler: Fernando, Paulo. Avaliação dos Frutos após mais de 15 anos de “Moveres” na Restauração no Brasil. www.unidadedaigreja.rg3.net) que estão seguindo, e estarão eximidos de culpa!. Quando não é por mero comodismo com suas condições diante de Deus ou desdenho pelos desvios da Economia de Deus.
Outros ainda não questionam e condenam quem o faz porque evitam se “contaminar” ou contaminar os outros com “a morte” e acham melhor falar de outros “assuntos edificante” ,quando a morte já corrompeu toda a superestrutura e a solução está exatamente nesta discussão e questionamento a priori indesejável. Na verdade muitas vezes este argumento que associa-se a pretextar humildade e amor mascara a omissão com a verdade (2 TM 3: 15) e uma aparente humildade e espiritualidade (CL 2: 18). Como se a maioria dos irmãos fossem ingênuos demais para conseguirem discernir certas sutilezas do inimigo de Deus. Ou porque o conhecimento da outra face da moeda traga algum dano pessoal. Talvez traga, mas a causa é a suposta “insensatez” de conhecer a mecânica do sistema, pois o indivíduo passa a pensam diferente do grupo e a ser discriminado por isso, e quando não pode mais ser “restaurado”, acaba sendo excluído do grupo social. Isto freqüentemente ocorre quando as igrejas convergem para um único centro de reunião de crentes, porque como o irmão Nee falou “Sempre que um líder em especial, ou uma doutrina específica, ou alguma experiência, ou um credo, ou uma organização torna-se um centro que atrai cristãos de diferentes lugares, então, visto que o centro de tal federação de igrejas não é Cristo, acontece que sua esfera, ou circunferência, será algo mais do que local. E sempre que a esfera divinamente designada da localidade é substituída por uma esfera de invenção humana, a aprovação divina não pode ali repousar. Os cristãos em tal esfera podem de fato amar ao Senhor, mas eles têm outro centro que não é Ele, e é mais que natural que o segundo
centro se torne o centro controlador. É contrário à natureza humana ressaltar o que temos em comum com outros; sempre enfatizamos o que é nosso em particular. Cristo é o centro comum de todas as igrejas, mas qualquer grupo de cristãos que tenha um líder, uma doutrina, uma experiência, um credo ou uma organização como seu centro de comunhão, descobrirá que esse centro se torna o
centro, e é esse o centro pelo qual eles determinam quem pertence a eles e quem não pertence. O centro sempre determina a circunferência, a esfera, e o segundo centro cria uma esfera que divide os que se ligam a ele dos que não se ligam.
Tudo o que se torna um centro unificador dos cristãos de vários lugares criará uma esfera que inclui todos os cristãos que se ligam a esse centro e exclui todos os que a ele não se ligam. (...)”( Nee, Watchman. A Vida Cristã Normal da Igreja. SP:Ed Árvore da Vida.2003. p.102). O mais comum é que o medo de exclusão do grupo por estar ligado a raízes profundas( familiares, amizades, etc...), o que leva muitos a um pavor em pensar em qualquer hipótese que possa conduzir a uma rejeição por parte do grupo ao membro que desejava genuinamente ser elucidado. Assim a verdade é novamente sepultada pela tradição dos homens!.Todo o questionamento quando testado pela verdade e impossibilitado de ser fundamentadamente refutado passa a ser uma proposição confirmada verdadeira (Como no caso da temática Desvios da Economia Neotestamentária de Deus na América do Sul). Dependendo do que é submetido ao crivo da verdade as conclusões podem ser drásticas para todos os que aspiravam por um resultado favorável a opinião pessoal pré-determinada que tinham. Mas é perfeitamente normal que os crentes se posicionem pela verdade, pois assim não correrão o risco de edificarem a casa de Deus sobre a areia (MT 7:26-27). Destarte os crentes poderão ser imunizados contra o declínio da igreja

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