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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

NOVA JERUSALÉM: O TABERNÁCULO DE DEUS









O TABERNÁCULO DE DEUS

A Nova Jerusalém será o tabernáculo de Deus com os homens na eternidade. O tabernáculo em Apocalipse não é um termo novo. Ele é plenamente revelado e retratado em Êxodo 25 a 40. Então, João 1:14 diz que a Palavra tornou-se carne e tabernaculou entre nós. Quando Jesus estava nesta terra, Ele era um tabernáculo.  Então, nos últimos dois capítulos da Bíblia está o tabernáculo eterno. Portanto, para entender os dois últimos capítulos de Apocalipse, temos de voltar e estudar Êxodo 25 a 40 e João 1:14.


O AGREGADO DE TODOS OS CANDELABROS
A cidade santa na montanha de ouro é o agregado de todos os candelabros. A cidade inteira tem uma rua (Ap 21:21; 22:2 - lit.), contudo essa única rua alcança todas as doze portas. Como uma rua em uma cidade poderia servir as doze portas? Também, a muralha tem cento e quarenta e quatro côvados de altura (21:17), e a própria cidade tem doze mil estádios de altura (21:16). Esses fatos indicam que a cidade propriamente dita deve ser uma montanha. No topo da montanha há um trono, do qual a rua desce em espiral até a parte mais baixa para alcançar as doze portas. Ela deve ser uma rua espiral, espiralando-se ao longo da montanha até circular por todas as doze portas. Uma rua, descendo do topo até a parte mais baixa, alcança e serve todas as doze portas. No topo dessa montanha de ouro está o trono como o centro. No trono está Cristo como o Cordeiro com Deus Nele (22:1). Esse Cordeiro é a lâmpada com Deus Nele como a luz (21:23; 22:5). Isso indica que Deus está no Cordeiro assim como a luz está na lâmpada.
Essa alta montanha de ouro é um suporte. Sobre esse suporte está uma lâmpada; portanto, isso é um candelabro de ouro. Isso é um candelabro de ouro com Cristo como a lâmpada e Deus dentro Dele como a luz, brilhando pela eter­nidade. Assim, a cidade santa na montanha de ouro é o agregado de todos os candelabros, a totalidade de todos os candelabros de hoje, brilhando para a glória de Deus na eter­nidade no novo céu e nova terra.

A Cidade e Sua Rua
A cidade e sua rua são de ouro puro como vidro transparente (21:18b, 21b - lit.). Ouro transparente repre­senta a natureza de Deus. Os mestres da Bíblia em geral concordam que, em prefiguração, ouro significa a natureza divina, a essência divina.

Os Doze Fundamentos e as Doze Portas
Os doze fundamentos de doze pedras preciosas diferen­tes, levando o nome dos doze apóstolos, representam todos os santos do Novo Testamento, representado por estes doze apóstolos (21:14, 19, 20). A Nova Jerusalém é uma composição de todos os santos redimidos, tanto do Velho como do Novo Testamento. Os doze apóstolos representam os santos do Novo Testamento, enquanto os nomes das doze tribos nas doze portas representam os santos do Velho Tes­tamento (21:12, 13, 21a).
As pérolas representam os santos produzidos por meio do Cristo encarnado, crucificado e ressuscitado. Em Sua encarnação Ele era como uma ostra viva nas águas da morte. Então, Ele foi ferido por nós, as pequenas partículas de areia. Essas feridas levaram-No a liberar o Seu suco de vida em volta de nós, assim tornando-nos pérolas. Aqui está a encarnação, crucificação e ressurreição. Por meio desse processo nós, os grãos de areia, tornamo-nos pérolas preciosas.

Pedras Preciosas
O fundamento e a muralha edificadas com pedras preciosas representam os santos transformados pelo Espírito Santificador (21:19, 20, 18a, 11b). Fomos feitos do pó, mas fomos regenerados em pedra e transformados em pedras preciosas. O pó, regenerado em pedra e transformado em pedra preciosa, está qualificado para ser usado como material para a edificação de Deus.

O Comprimento, Largura e Altura da Cidade
O comprimento, a largura e a altura da cidade são iguais, assim como o Santo dos Santos no Velho Testamento tinha três dimensões iguais (1 Rs 6:20). A medida lá é vinte côvados de comprimento, vinte côvados de largura e vinte côvados de altura. Esse é o Santo dos Santos na prefiguração do templo. O Santo dos Santos no tabernáculo tem dez côvados por dez côvados por dez côvados (Ex 26:2-8). Em ambos os casos, as três dimensões são iguais. O princípio é que tal edificação de três dimensões iguais representam o Santo dos Santos, que é o próprio lugar onde Deus habita (Ap 21:16). A cidade inteira, então, é o próprio lugar de habitação de Deus.

Sem Templo
João diz que ele não viu nenhum "santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-poderoso e o Cor­deiro" (21:22). Isso indica que a cidade inteira é o templo. Primeiramente há o tabernáculo em Êxodo. Então, depois de entrar na boa terra, os filhos de Israel edifícaram um templo, que substituiu o tabernáculo. Mesmo antes de o templo ser edificado, em 1 Samuel 3:3 o tabernáculo era chamado o templo. Isso quer dizer que o tabernáculo e o templo, na realidade, referem-se a uma coisa só. Um podia ser desmon­tado e movido de um lugar para outro no deserto; o outro tinha uma localização estabelecida na boa terra como uma edificação mais permanente.
A cidade santa é chamada o tabernáculo. No Velho Tes­tamento o templo estava na cidade de Jerusalém, mas em Apocalipse 21 e 22 a cidade inteira é o tabernáculo e o templo. Esse templo não é somente a habitação de Deus, mas também o lugar de habitação de todos os que O servem. Naquele tempo todos os santos serão sacerdotes com um sacerdócio eterno. Todos nós O serviremos (22:3). O nosso lugar de habitação, então, será o templo. A Nova Jerusalém é um grande templo, onde tanto Deus como os Seus redimidos habitam juntos.

A Glória de Deus como a Luz e o Cordeiro como a Lâmpada
"A glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (Ap 21:23). "Nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles" (22:5). A glória de Deus como a luz e o Cordeiro como a lâmpada, significam que Deus em Cristo é a luz da Nova Jerusalém na eternidade. Na cidade nova não há necessidade de sol, da luz natural, nem de nenhuma lâmpada feita por homens porque o próprio Deus será a luz e Cristo será a lâmpada, brilhando Deus para iluminar a cidade inteira.Isso quer dizer que Deus em Cristo é tudo na Nova Jerusalém.

O Trono de Deus e do Cordeiro
O trono de Deus e do Cordeiro é o centro ad­ministrativo da cidade. Dele procede o rio da água da vida no meio da rua, com a árvore da vida, como uma videira, cres­cendo ao longo das duas margens (22:1, 2). A rua é uma espiral, e o rio está na rua. Desde que a árvore da vida cresce ao longo de ambas as margens do rio, ela deve ser uma videira. Uma árvore ereta não poderia crescer nas duas mar­gens. Ela deve ser, portanto, uma videira, crescendo espiralmente ao longo da rua. João 15 fala de uma videira (v. 1). Jesus é a videira, que é a árvore da vida.
Em um programa de rádio um mestre da Bíblia foi per­guntado acerca da árvore da vida. Ele disse que a árvore da vida já não existe. Isso é incorreto. A árvore da vida per­manece hoje, e ela permanecerá para sempre. Em Apocalipse 2:7 o Senhor Jesus disse que àquele que vencer Ele "dará de comer da árvore da vida". Ainda hoje essa promessa está sendo cumprida. A árvore da vida, da qual es­tamos comendo, é Jesus (Jo 6:57). O Senhor Jesus nos disse, por um lado, que Ele é o pão da vida (6:48), tipificado pelo maná. Então, por outro lado, Ele nos disse em João 15 que é a videira, e em 14:6 que Ele é a vida. Como a videira e a vida Ele é a árvore da vida. A árvore da vida em Gênesis 2:9 re­presenta Cristo. Ele veio a nós como a realidade em João 14 e 15. Ainda hoje Ele é a árvore da vida da qual podemos comer.
A árvore da vida, como a videira crescendo ao longo das duas margens do rio, significa que Deus no Cordeiro é o centro da Nova Jerusalém e a supre com a Sua vida divina para nutri-la e satisfazê-la. A rua, na qual o rio da água da vida flui, desce do topo da montanha espiralmente para alcançar todas as doze portas nos quatro lados da cidade para sua comunhão (22:1, 2). A rua é para comunicação; comunicação é comunhão. Em 1 João 1:1 e 3 vemos que dessa vida divina sai a comunhão divina. A rua, o rio e a árvore da vida são para comunhão. Hoje, na restauração do Senhor, estamos nessa comunhão, que está ao longo da rua com o rio fluindo e a árvore crescendo.


A NOIVA, A ESPOSA DO CORDEIRO
A consumação final e máxima é a noiva, a esposa do Cordeiro (21:2, 9). A cidade santa inteira é uma noiva. No Evangelho de João, quando os discípulos de João estavam com ciúmes de Jesus, João disse: "O que tem a noiva é o noivo" (Jo 3:26-29). Como o amigo do Noivo, João estava alegre por seus seguidores o deixarem e irem a Jesus, porque Ele era o noivo. A regeneração em João 3 é para a produção da noiva.
Consumadamente, seremos uma mulher coletiva pela eternidade (Ap 21:2). O único homem pela eternidade é nosso Deus, nosso Redentor, nosso Senhor. Seremos uma mulher coletiva para combinar com Ele. Finalmente, então, o que provém da dupla obra de Deus — criação e edificação — é um casal. Deus está casado com o homem e o homem está casado com Deus. Na conclusão dos sessenta e seis livros da Bíblia está Apocalipse 22:17 que diz: "O Espírito e a noiva dizem..." A conclusão da Bíblia é aquilo que o casal diz.
Essa noiva que combina com o Espírito é a consumação final e máxima de todos os homens tripartidos, redimidos, regenerados, transformados e glorificados. O Espírito é o Espírito todo-inclusivo como a consumação final e máxima do Deus Triúno. O Espírito é o Deus Triúno alcançando-nos, pois O que alcança é a consumação. Ele passou pelos processos de encarnação, viver humano, crucifícação, ressurreição e ascensão.
Hoje o nosso Deus é um Deus processado. No princípio era a Palavra, e a Palavra era Deus, e essa Palavra tornou-se carne. A encarnação é um processo. Esse que se encarnou, viveu na terra na casa de um pobre carpinteiro. Depois de trinta e três anos e meio Ele foi levado como um cordeiro para o matadouro, e foi imolado na cruz. Isso também foi um processo. Ele foi ao Hades (At 2:27; Ef 4:9), e Ele entrou na ressurreição. Esses também são processos. Certamente todos esses passos são processos pelos quais Ele passou. Hoje nos­so Deus não pode ser igual ao que era antes da encarnação.
Vocês crêem que Deus é igual ao que era antes da encarnação? Hebreus 13:8 diz: "Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre." Se disserem que desde a Sua ressurreição Ele é o mesmo ontem, e hoje e para sempre, concordo com vocês; mas se disserem que esse versículo é verdadeiro para Jesus antes da encarnação, eu não concordo. Ele não tinha carne antes de Sua encarnação. Por todos esses processos Deus tornou-se nosso Redentor, nosso Salvador e nossa vida. Ele até mesmo tornou-se o Espírito que dá vida, rico, abundante, dentro de nós hoje.
Assim, na conclusão da Bíblia está a consumação do Deus Triúno processado, enquanto a esposa é o agregado e a consumação de todos os homens tripartidos, redimidos, regenerados, transformados e glorificados. Aleluia! O Deus Triúno casa com o homem tripartido. Eis aqui um casal eter­no expressando o Deus Triúno pela eternidade. O homem tripartido na eternidade estará desfrutando desse rico Deus Triúno.
Fomos escolhidos e predestinados, e fomos chamados, salvos e regenerados. Agora estamos sendo transformados para sermos materiais preciosos para que possamos ser edificados a fim de sermos uma casa espiritual, para servir a Deus e para ser o Corpo de Cristo e expressá-Lo. Esse é o nosso objetivo. Somos os filhos de Deus, sendo transfor­mados para que possamos ser edificados como uma casa para servir a Deus e como o Corpo para expressar Cristo.


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