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sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

NOVA JERUSALÉM: AS CHAVES PARA ENTENDER OS ESCRITOS DE JOÃO








Leitura da Bíblia: Ap 1:1; 21:1-3,10-21

A CHAVE PARA ENTENDER OS ESCRITOS DE JOÃO
O livro de Apocalipse é difícil de ser entendido. É por isso que Deus em Sua sabedoria usa sinais para fazê-lo co­nhecido a nós. Apocalipse 1:1 diz que Deus deu a revelação de Jesus Cristo para Ele mostrar a Seus escravos: "notificou por meio de sinais" (lit.). Sinais são figuras. Ao ensinar crianças pequenas nós fazemos as coisas conhecidas a elas por meio de figuras. Algumas vezes quando falo, torno as coisas conhecidas por meio de diagramas. João recebeu uma revelação a respeito de coisas tão divinas, tão misteriosas, tão profundas, que nenhuma palavra poderia expressá-la ade­quadamente.
Assim, a revelação foi tornada conhecida por meio de sinais.
Não somente o livro de Apocalipse, mas o Evangelho de João também é um livro de sinais. Em nosso Estudo-Vida da­quele Evangelho salientei que a palavra milagre não é usada. A mudança da água em vinho pelo Senhor foi um milagre, mas João chama isso de sinal (2:11), indicando que isso tem um significado. A mudança da água em vinho pelo Senhor significa Seu mudar a morte em vida. A ressurreição de Lázaro foi um milagre, mas João chama isso de sinal (11:47).
João 1:14 fala da Palavra tornando-se carne e tabernaculando (lit.) entre nós. "Tabernaculou" é um verbo. Esse sinal nos dá a chave para entender como o Senhor Jesus viveu nesta terra. Ele viveu aqui como o tabernaculo de Deus. Para entender plenamente o tabernaculo, temos de voltar para Êxodo, onde muitos capítulos descrevem o tabernáculo. O tabernáculo de Deus entre o Seu povo não era somente onde Ele habitava mas também onde os que O serviam entravam para habitar com Ele. Esse é Jesus! En­quanto Jesus estava na terra, Ele estava "tabernaculando". Deus habitava Nele e todos os servidores de Deus, os que amavam Jesus, podiam entrar Nele para ficar com Deus. Essa única palavra como um sinal descreve o que nenhuma pala­vra comum poderia expressar.
Também em João o Senhor Jesus diz: "Eu sou a porta" (10:7). Vocês crêem que o Senhor é uma porta com uma ver­ga e um umbral? Uma porta é um sinal, significando que Ele é a própria abertura para as pessoas entrarem e para saírem.
Temos de enfatizar o primeiro versículo de Apocalipse, que diz que a revelação divina é dada a Jesus Cristo, e que Ele a tornará conhecida por meio de sinais. Essa é a chave para abrir todo o livro. Sem essa chave, o livro de Apocalipse está fechado para nós. Para entendermos o significado real desse livro, temos de entender esses sinais.


OS SINAIS PRINCIPAIS EM APOCALIPSE

Os Candelabros
O primeiro sinal em Apocalipse que o apóstolo João viu são os candelabros. No capítulo um nos é dito que João, no dia do Senhor, na ilha de Patmos, viu sete candelabros de ouro. Ele viu os candelabros. Os sete candelabros são as sete igrejas (1:20). Descrever o que a igreja é no seu significado espiritual usaria mil livros. Mas somente um sinal, uma figura, é melhor do que mil palavras.
Que é a igreja? Que deveria ser a igreja? Olhem para o candelabro. A igreja tem de ser de ouro. Ouro significa a essência de Deus, a natureza de Deus. Isso quer dizer que a igreja tem de ter a essência de Deus como a sua substância. Este ouro tem de estar na forma de um candelabro, um can­delabro brilhando com uma intensidade sétupla. Algumas lâmpadas têm um interruptor triplo; mas vocês já viram uma lâmpada sétupla? O candelabro tem um brilho sétuplo. A natureza de ouro significa a essência de Deus, a forma repre­senta Cristo como a corporificação do Deus Triúno, e as sete lâmpadas são os sete Espíritos (4:5 - VRC).
A Trindade está aqui: o Espírito está brilhando, Cristo é a corporificação e Deus é a própria essência. Que é a igreja? A igreja é uma composição, uma constituição do Deus Triúno, brilhando as virtudes e os atributos de Deus na noite escura para que todos vejam a luz. Precisamos de mensagem após mensagem para descrevermos o que a igreja é, mas a sabedoria de Deus é mostrar-nos um candelabro. Santos, isso é a igreja. Olhem para a igreja. O candelabro é a igreja! A igreja não é de barro, mas de ouro. Ela é da natureza divina de Deus. Ela não é sem forma, mas tem forma. Ela não é trevas, mas resplandecente. Isso é a igreja!

As Sete Estrelas
O segundo sinal são as sete estrelas, que acompanham os candelabros. As sete estrelas são os mensageiros ou os anjos das igrejas (1:20). Em cada igreja existem alguns irmãos que são estrelas em espiritualidade. Eles são estrelas brilhan­tes. Em Daniel 12:3 é dito que aqueles que converterem muitos à justiça brilharão como estrelas. Em Mateus 13:43 o Senhor diz que o justo brilhará no reino vindouro como o sol. Mas os mensageiros da igreja não precisam esperar até a era vindoura para brilhar. Eles estão brilhando agora mesmo. Espero que todos os presbíteros nas igrejas sejam estrelas brilhantes. Quando as pessoas vão a eles, elas devem vir para a luz. Um estrela brilha, ilumina, em tempo de trevas. Ao olhar para as estrelas podemos aprender que tipo de pessoas devem ser os líderes na igreja.

Jaspe — a Aparência de Deus
Depois que João viu os candelabros e as estrelas bri­lhantes, ele viu um trono no céu e Alguém sentado no trono. Aquele, em aparência, era como pedra de jaspe (4:2, 3). João viu a Deus com aparência de jaspe. Jaspe é uma bonita cor esverdeada, significando plenitude de vida. A plenitude de vida é a aparência de Deus. Jaspe é também a aparência da Nova Jerusalém (21:11), e toda a sua muralha é construída de jaspe (21:18). Isso indica que a cidade inteira possui a aparência de Deus, porque ela é constituída daqueles que foram transformados em Sua imagem.
Devemos ler Apocalipse 21:11 com 2 Coríntios 3:18: "E todos nós com o rosto desvendado, contemplando e refletin­do como um espelho a glória do Senhor, estamos sendo transformados à Sua própria imagem de glória em glória" (lit.). Apocalipse 21:11 descreve a Nova Jerusalém como tendo a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina. A cidade toda possui a glória de Deus e brilha como jaspe; isto é por­que toda a composição da Nova Jerusalém foi transformada na imagem de Deus. Aquele sentado no trono, que é Deus, assemelha-se ao jaspe, e a cidade inteira assemelha-se ao jaspe. Isso quer dizer que Gênesis 1:26 foi cumprido: "Façamos o homem à nossa imagem." O homem era para ser a expressão de Deus, e isso é cumprido na Nova Jerusalém. Toda a Nova Jerusalém é uma imagem, uma expressão, de Deus. A aparência de Deus pode ser descrita por um sinal, o sinal do jaspe.

O Leão da Tribo de Judá
Em Apocalipse 5:5 Jesus Cristo é chamado de o Leão da tribo de Judá. Esse título significa Cristo como o Rei triunfante. Todas as criaturas vivas estão debaixo Dele. Ninguém O pode subjugar; antes, Ele subjuga todas as coisas. A primeira vez que vi um leão no zoológico fiquei temeroso de que a grade não fosse bastante forte para restringir aquela criatura ousada e triunfante. Nada e ninguém pode subjugar o nosso Cristo.

O Cordeiro
Cristo não somente é um Leão, mas também um Cor­deiro (5:6). Para Satanás e todos os inimigos Cristo é um
Leão, mas para nós, os redimidos, Ele é um Cordeiro. Vocês têm medo de um cordeiro? Vocês podem ter medo de leão, mas sentem amor por um cordeiro. Para nós o Senhor Jesus é um Cordeiro, um Cordeiro redentor. Pensar que na eter­nidade, no trono de Deus haverá literalmente um cordeiro com quatro patas e uma cauda não é a maneira apropriada de entender a Bíblia. Lembro-os novamente, Apocalipse é um livro de sinais.

A Mulher Universal e o Filho Varão
A mulher universal em Apocalipse 12 está vestida com o sol. Em sua cabeça há uma coroa de doze estrelas e sob os seus pés está a lua (v. 1). Quem é essa mulher? A maioria dos expositores fundamentalistas seguem o ensino dos Irmãos Unidos, de que essa mulher representa Israel e o filho varão representa Cristo. Entretanto, depois de muito estudo da Palavra, percebemos no capítulo doze que essa mulher é composta de dois povos: aqueles que guardam os mandamen­tos de Deus e aqueles que carregam o testemunho de Jesus (v. 17). O povo que guarda a lei são os judeus, Israel. O povo que carrega o testemunho de Jesus são os crentes do Novo Testamento. Portanto, dizer que essa mulher representa Is­rael é somente verdade parcialmente, deixando de lado os crentes do Novo Testamento.
Dizer que o filho varão nascido dessa mulher é Jesus Cristo é errôneo. Depois que esse filho varão é arrebatado para o trono de Deus, três anos e meio se seguem. Os mil duzentos e sessenta dias em 12:6 são três anos e meio, os quais todos concordam ser o período da grande tribulação. A grande tribulação veio logo após a ascensão do Senhor? Ela ainda não veio! Isso indica fortemente que o filho varão aqui não é o Senhor Jesus.
A mulher veste uma coroa de doze estrelas na cabeça. Ela está vestida com o sol e a lua está sob os seus pés. Isso in­dica três categorias entre o povo redimido de Deus: os Patriarcas, Israel e os crentes do Novo Testamento. Os Patriarcas são representados pelas estrelas, Israel pela lua e os crentes do Novo Testamento pelo sol. Essa mulher é, por­tanto, uma composição com todo o povo redimido de Deus, incluindo os Patriarcas, os outros crentes do Velho Testamen­to e todos os santos do Novo Testamento.
O filho varão é os vencedores de todas as gerações. Através dos séculos, entre o povo de Deus um pequeno número tem sido martirizado. Esses foram os fiéis. Imediata­mente antes da grande tribulação, esses santos martirizados serão ressuscitados e arrebatados para o trono de Deus.

O Grande Dragão Vermelho e a Besta
O grande dragão vermelho significa o diabo, Satanás (12:3, 4). No começo do capítulo seguinte existe uma besta emergindo do grande mar, o Mediterrâneo (13:1, 2). Esse é o Anticristo. Na realidade ele é o César vindouro, o último César do Império Romano renascido.

A Colheita e as Primícias
Nesta terra, Deus tem uma colheita. Essa colheita re­presenta todos os santos do Novo Testamento vivendo na terra próximo ao tempo da volta do Senhor (14:15). Dentre esses crentes vivos sairão as primícias. Esses serão alguns vencedores vivendo entre os crentes que amadurecem mais cedo e tornam-se as primícias.

A Grande Babilônia
A grande Babilônia representa a Igreja Romana. Ela é chamada de a grande prostituta (17:1, 5) por causa das suas relações pecaminosas com os governadores da terra para o benefício dela.

A Esposa do Cordeiro
A esposa do Cordeiro, a noiva em Apocalipse 19:7, será todos os vencedores ao longo das gerações, incluindo os do
Velho Testamento, isto é, os vencedores mortos e ressurretos mais os vencedores vivos (as primícias). Eles serão a Sua noiva nos mil anos (20:4-6). Aquele dia será o dia do casamento. Mil anos para o Senhor são um dia (2 Pe 3:8). Todo o milênio será um dia de casamento. No dia do casamento a esposa é uma noiva, mas depois daquele dia ela torna-se uma esposa. Depois do milênio, na eternidade, a noiva é a esposa. Todos os vencedores entre o povo redimido de Deus serão Sua noiva.

A Nova Jerusalém
Agora chegamos ao último sinal, a Nova Jerusalém. A Nova Jerusalém é o conjunto de todos os candelabros. No começo desse livro existem sete candelabros, candelabros locais nesta era. No final desse livro existe um conjunto, um candelabro composto, não candelabros locais, mas o eterno, o universal. Apocalipse inicia com os candelabros e termina com o candelabro. Os candelabros são sinais das igrejas; a Nova Jerusalém é também um candelabro, o sinal do lugar de habitação de Deus.


UMA REVISÃO DOS SINAIS
Todos esses sinais são as cenas principais nesta tela da televisão divina de Apocalipse. O programa começa com sete candelabros, significando as igrejas; então seguem-se sete estrelas brilhantes, representando os mensageiros de todas as igrejas. Depois há uma pedra de jaspe, significando a aparência de Deus, e um leão e um cordeiro, ambos repre­sentando Cristo. Então aparece uma mulher universal com doze estrelas na cabeça, o sol vestindo-a, e a lua sob os seus pés, e um dragão vermelho pronto para engolir o seu filho; daí o filho varão gerado por ela é arrebatado ao trono de Deus. Depois há uma besta emergindo do Mar Mediterrâneo, há uma colheita nesta terra, e desta colheita há as primícias. Vemos, então, uma grande prostituta, a grande  Babilônia,   terrível,   feia,   abominável;   mas  então, aleluia, uma linda esposa, a noiva; então finalmente, algo mais brilhante, maior, a Nova Jerusalém, a qual é o tabernáculo de Deus assim como Jesus era o tabernáculo de Deus quando Ele estava na terra.
Essa Nova Jerusalém não é somente um tabernáculo para Deus, mas também uma esposa para o Filho de Deus, Jesus Cristo. Deus terá um tabernáculo e Cristo terá uma esposa. Tanto o tabernáculo como a esposa são o mesmo: a Nova Jerusalém.


ENTENDENDO APOCALIPSE
Esse é o livro de Apocalipse, contendo todos esses sinais cruciais. Se vocês os entendem, entendem todo o livro de Apocalipse. Com tal visão clara e exata, vocês crêem que a Nova Jerusalém será uma cidade física edificada por Deus ao longo de todos os séculos? Apocalipse é um livro de sinais. Cada .item principal é um sinal. Sinais não devem ser inter­pretados literalmente. Vocês acham que a igreja é um suporte de verdade com sete lâmpadas brilhando? Isso é um entendimento errado. Vocês crêem que Jesus Cristo é um cordeiro de verdade? Isso é ridículo! Crêem que o César vin­douro do Império Romano será uma besta de verdade que emerge do Mar Mediterrâneo e pula para a margem? Crêem que a esposa do Cordeiro em Apocalipse 19 será uma mulher adornada com um longo vestido de casamento? Novamente, não faz nenhum sentido entender esses fatos dessa maneira

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