Páginas

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

AS SETE IGREJAS DA ÁSIA: LAODICÉIA


Apocalipse 3:14 – 22

Neste capítulo falaremos sobre a última igreja. Vimos a igreja católica romana, as igrejas
protestantes e o movimento dos irmãos. Entre esses, o que Deus escolheu foi o movimento dos
irmãos. Tiatira falhou completamente. Embora Sardes fosse melhor do que Tiatira, contudo Deus
ainda reprovou-as. Somente Filadélfia não recebeu qualquer palavra de reprovação. A promessa do
Senhor está em Filadélfia. (Mas Filadélfia também tem um chamado para os vencedores) Sem
dependesse de nós, pararíamos em Filadélfia e não escreveríamos mais. Contudo, nessas igrejas o
Senhor está profetizando a condição da igreja; assim. É necessário darmos mais um passo para
Laodicéia, com a qual todos estão mais familiarizados. Se perguntasse: ”Afinal, a qual igreja
Laodicéia se refere”?, Muitos não conseguiriam responder. Muitos dos filhos de Deus não têm clareza
a respeito de Laodicéia. Alguns pretendem aprender lições dela, como indivíduos; muitos consideramna
como referindo-se à generalizada condição desoladora da igreja. Mas o Senhor está falando
profecia aqui.

Laodicéia, assim como as outras igrejas, tem um significado especial em seu nome. Este é
composto de duas palavras: laos, significando leigos (laicato ou povo comum), e edicea, que pode ser
traduzido para costumes ou opiniões. Então, Laodicéia significa os costumes dos leigos ou as
opiniões. Então, Laodicéia significa os costumes dos leigos ou as opiniões do povo comum. Aqui
vemos muito evidente o significado – a igreja fracassou, pois voltou ao nível de acatar opiniões e
costumes dos leigos. Em Filadélfia o que vemos são irmãos e amor uns pelos outros. Mas o que
vemos aqui são leigos, opiniões e costumes.

Temos de ter em mente que se os filhos de Deus não permanecerem na posição de Filadélfia,
eles cairão e fracassarão, mas não retornarão a Sardes. Uma vez que uma pessoa tenha visto a verdade
dos irmãos, ela não voltará às igrejas protestantes, mesmo que queira. O resultado é que, uma vez que
não seja capaz de permanecer firmemente em Filadélfia, ela retrocederá para tornar-se, como vemos
aqui, Laodicéia. O que saiu de Filadélfia é chamado Laodicéia. Sardes provém de Tiatira, e Filadélfia
provém de Sardes; do mesmo modo, Laodicéia sai de Filadélfia. Os filhos de Deus hoje cometeram
um engano, isto é, sempre que vêem uma igreja denominacional, cuja condição é errada, eles dizem
que esta é Laodicéia. Isto esta errado. Uma igreja denominacional é Sardes, não Laodicéia. As
diferentes denominações são as igrejas protestantes. As denominações não estão qualificadas para
tornar-se Laodicéia. A condição de Laodicéia não é a condição de Sardes. Somente quem já provou a
boa qualidade de Filadélfia e agora está caído é Laodicéia. Aquela que realmente não tem muito é
Sardes; aquela que não preserva as riquezas espirituais que estão no Espírito Santo torna-se Laodicéia.
Que tipo de queda é essa, então? Começando por Éfeso, vemos anormalidade no meio da
normalidade. Em Pérgamo, vemos ensinamento de Balaão. Em Tiatira, vemos Jezabel: portanto, a
classe mediadora tem aqui sua raiz. Sardes deu-nos uma bíblia aberta, mas a própria Sardes criou
outra classe mediadora. Em Filadélfia, vemos somente iramos; a classe que domina o laicato já não
existe. Todos voltaram à palavra do Senhor para obedecer a ela e obedecer ao que o Espírito Santo
tem falado por meio da palavra. Mas um dia, por não permanecer na posição de irmãos que recebem a
disciplina do Espírito Santo;o Espírito Santo exerce autoridade por meio da palavra e do Nome, e
todos são irmãos amando uns aos outros. Agora nem é o Espírito Santo exercendo a autoridade nem é
o sistema pastoral, mas os leigos. Que queremos dize por leigos exercendo autoridade? Queremos
dizer o exercício da autoridade da maioria. A opinião da maioria é a opinião aceita; uma vez que a
maioria esteja a favor, está tudo bem. Esta é a Laodicéia. Em outras palavras não são os padres que
dominam, nem os pastores nem o Espírito Santo, mas é a opinião da maioria que conta. Aqui, não são
irmãos, mas homens. Laodicéia não se posiciona na posição de irmão; antes, são homens que estão
aqui concordando com a vontade da carne. Todos levantam a mão, e isto é tudo. Devemos conhecer a
vontade de Deus e Examinar Filadélfia de acordo com a vontade de Deus. Sempre que não existir
amor fraternal, mas somente as opiniões dos homens de acordo com a carne, então encontramos
Laodicéia.

Aqui o Senhor fala de Si mesmo como “o amém, a testemunha fiel e verdadeira, o principio
da criação de Deus”. O Senhor é o amém. Amém significa tudo bem; quer dizer assim seja. Então,
Ele cumprirá tudo, e nada será em vão. O Senhor Jesus na terra estava testificando a obra de Deus.
Entre os diversos seres e coisas criadas por Deus, o Senhor é o Cabeça.
“Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio, ou quente!
Assim, porque és morno, e nem és quente e nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”.
Sardes é viva no nome, mas morta em realidade; Laodicéia não é quente nem fria. Para Éfeso o
Senhor disse: “Moverei o seu lugar o teu candeeiro”; para Laodicéia: “Estou a ponto de vomitar-te da
minha boca”. O Senhor não os usará novamente; eles não são mais o amem. O problema é que eles
não são nem frios nem quentes. Estão cheios de conhecimento, contudo carentes de poder. Quando
eram quentes, eles eram Filadélfia; mas agora estão mais frios do que antes. Uma vez que Filadélfia
cai, ela se torna Laodicéia. Somente as pessoas de Filadélfia podem cair a tal ponto.
“Pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de cousa alguma”. Já mencionamos que o
movimento dos irmãos é muito mais significativo que a Reforma. A reforma não foi senão uma
reforma de quantidade, enquanto o movimento dos irmãos foi uma reforma de qualidade, restaurando
a essência original da igreja. Tal poder é realmente grandioso. Mas porque esses irmãos eram mais
fortes que os outros em conduta e em verdade, a ponto de até mesmo um cozinheiro entre eles saber
mais que um missionário nas igrejas protestantes, eles se tornaram orgulhosos. “Vocês todos são
incompetentes, só nós somos competente”, era a atitude deles. Ninguém era competente nas igrejas
protestantes. O famoso Scofield foi até os irmãos para ser ensinado. Gipsy Smith, muito conhecido,
esteve no meio deles para obter benefícios, aprendendo suas doutrinas para pregar. Todos os obreiros,
estudiosos, pregadores e crentes receberam ajuda e luz deles. Nem sabemos quantos mais receberam
ajuda de seus livros. Muitos precisam reconhecer em seu coração que em todo mundo ninguém
ensinou a bíblia tão bem quanto os irmãos. Como resultado alguns deles se tornaram orgulhosos.
“Nossos alunos são professores de outros”, eles diziam. Embora eles fossem grandemente
antagonizados, contudo alguns declaravam-se heróis. A conseqüência mais evidente é que alguns se
tornaram auto-satisfeitos. Alguns irmãos têm amor fraternal e buscam o bem dos outros, enquanto
outros não têm nada além de conhecimento; então, foi inevitável que se tornassem outo-exaltados e
presunçosos. O Senhor mostrou-nos que uma Filadélfia orgulhosa é Laodicéia, e Laodicéia é uma
Filadélfia decaída. Conseqüentemente, em muitos lugares as reuniões deles tiveram problemas de
comportamento e ensinamento. A característica principal de Laodicéia é o orgulho espiritual. O
Senhor já cumpriu para nós o que diz respeito ao lado histórico.

Hoje, podemos encontrar Filadélfia e também Laodicéia. Ambas são bastante parecida ema
sua posição como igreja. A diferença é que Filadélfia tem amor, enquanto Laodicéia tem orgulho. Não
há diferença na aparência exterior; a única diferença é que Laodicéia é uma Filadélfia orgulhosa. Não
queremos relatar muitas coisas sobre eles. Apenas quero dar algumas ilustrações. Um irmão entre eles
certa vez disse: “Existe algo espiritual que não possa ser encontrado entre nós”? Certo irmão, após ver
uma nova revista, disse: “Que novidade ela pode dar-nos? Há alguma coisa que não temos”? E ele
fechou a revista sem ler mais. Outro irmão disse: “Uma vez que o Senhor tem nos dado maior luz,
devemos estar satisfeitos; lermos o que os outros têm escrito é perda de tempo”. Outro disse: “Que é
os outros têm que nós não temos, e o que nós temos pode ser que os outros não tenham”. Quando
ouvimos este tipo de falar, imediatamente lembramo-nos do que o Senhor diz aqui a respeito dos que
dizem: “Estou rico”. Oh! Quão cuidadoso precisamos ser para que não nos tornemos Laodicéia!
Em uma ilha no Oceano Atlântico havia muitos irmãos. Certa vez houve um furacão que
destruiu muitas casas, incluindo os lares e os locais de reunião dos irmãos. Em poucas horas, os
irmãos de todo enviaram mais de duzentas mil libras esterlinas; tal assistência alcanço-os mais
rapidamente do que a do governo. No seu meio há realmente amor fraternal, mas há também aqueles
que se tornaram orgulhosos. As igrejas protestantes ao são qualificadas para tornar-se Laodicéia. A
própria Sardes reconhece que não tem nada. Tenho trabalhado por mais de vinte anos, contudo nunca
encontrei um missionário ou pastor nas denominações que afirmasse ter coisas espirituais. Eles
sempre dizem que são inadequados. As falhas e fracas igrejas protestantes são Sardes, não Laodicéia.
Somente Laodicéia tem a característica especial do orgulho espiritual. As igrejas protestantes têm
muitos pecados, mas o orgulho espiritual não é seu pecado principal. Somente irmãos caídos diriam:
“estou rico e abastado, e não preciso de coisa alguma”. Somente Filadélfia decaída pode tornar-se
Laodicéia. Quanto aos bens espirituais, Sardes sabe muito bem que não tem nada. Eles
freqüentemente dizem: “Nos não somos suficientemente zelosos, nossos membros zelosos se foram”.
Fartura é a condição de Filadélfia, enquanto vanglória de sua riqueza é a marca distinta da Laodicéia.
Somente Laodicéia pode vangloriar-se. Uma pessoa que sai da posição de Filadélfia não volta a
Sardes. Pedir a um irmão que volte a Sardes é impossível; ele só poderá prosseguir para Laodicéia.
Laodicéia também não continua a linha da ortodoxia dos apóstolos – ela vai alem da linha dos
apóstolos. São aqueles que possuem conhecimento vão; eles não têm vida e são auto-satisfeitos, auto -
exaltados e presunçosos.

“Pois dizes: Estou rico e abastado, e não preciso de cousa alguma, e nem sabes que tu és
infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu”. O que eles dizem é realmente quase verdade: “Estou rico e
tenho adquirido riquezas e não preciso de nada”! Na verdade, eles são maravilhosos diante de Deus.
Eles têm motivo para gloriar-se. Reconhecemos que há muitas coisas no meio deles das quais eles
podem gloriar-se. Mas é melhor deixar que os outros sintam isso e não nós mesmo; deixe que os
outros saibam disso, não nós. É realmente bom se os outros falarem; mas nós falarmos, não é bom.
Não devemos orgulhar-nos de coisas espirituais, uma vez que você se orgulha delas, elas se
desvanecem. Quando uma pessoa diz que é forte, então aquela força se ai. A face de Moises brilhava,
contudo ele próprio não tinha consciência disso. Todo aquele que sabe que sua face está brilhando
perderá o brilho dela. Se você não sabe que está crescendo , você é abençoado. Há muitos que têm
muita clareza sobre sua própria condição, mas, na verdade, não têm nada. Se você tem autoridade
espiritual, tudo bem, mas se você sabe que tem autoridade espiritual, isso não está bem. Os de
Laodicéia estão bons demais na avaliação de si mesmos; eles têm demais. Como resultado, aos olhos
de Deus, eles são cegos, pobres nus. Essa é a razão por que devemos aprender uma lição. Laodicéia
está clara demais a respeito de suas riquezas. Desejamos crescer, contudo, não queremos nós mesmos
saber disso.

O Senhor diz:”Tu és(...) miserável”. A palavra miserável aqui é o mesmo que a palavra
miserável (NVI) usada por Paulo em Romanos 7. O que o Senhor diz aqui:”Você é como Paulo em
Romanos 7 – do lado espiritual, é infeliz, confus, você não é nem uma coisa nem outra, e aos olhos
dos Senhor você é miserável”. Nas palavras seguintes, o Senhor aponta três razoes para mostrar por
que eles são infelizes e miseráveis: eles são pobres, são cegos e são nus.
Sobre a pobreza o Senhor diz: “Aconselho-se que de mim compres ouro refinado pelo fogo
para te enriqueceres”. Embora eles sejam ricos em doutrinas, contudo o Senhor os vê como sendo
pobres. Eles precisam ter fé viva; do contrario, a palavra de Deus é inútil para eles. O fracasso e a
fraqueza deles devem-se ao fato de que sua fé se foi. Pedro diz que o ouro provado pelo fogo é fé em
provação (1Pe 1:7). Nos dias em que a palavra ministrada é pobre, você deve orar. Quando a palavra
aumenta, você precisa misturar a fé com a palavra que tem ouvido. Você deve passar por todo tipo de
provação para que as palavras que tem ouvido seja úteis de maneira prática. Assim, você precisa
39
comprar ouro provado pelo fogo. Você deve aprender a confiar, mesmo em tribulação; então você
será realmente rico.

Além disso o Senhor diz: “vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja
manifesta a vergonha da tua nudez”. Mencionamos antes que vestiduras brancas se referem ao
comportamento. A vestidura branca aqui é a mesma veste branca mencionada em diversos outros
lugares em Apocalipse. O propósito de Deus é que eles não tenham contaminação, assim como a veste
de Deus é branca. Deus os quer andando continuamente diante Dele. É impossível estar nu diante de
Deus. No antigo testamento, nenhum homem poderia aproximar-se de Deus a não ser vestido. Quando
os sacerdotes iam ao altar, a sua nudez não devia estar descoberta. O Cap. 5 de 2 Corintios diz-nos:
“se, todavia, formos encontrados vestidos e não nus” (v.3.). Mas nesta passagem a questão não é estar
vestido ou não, mas se a veste é branca ou não. O Senhor Jesus diz: “Quem der a beber ainda que seja
um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que
de modo algum perderá o seu galardão” (Mt 10:42). Esta é a veste branca. Podemos tratar os outros
festivamente, contudo isso pode não ser “branco”. Se fizermos isso apenas com objetivo de manter a
glória do nosso grupo, isso não será válido; se precede de um motivo ainda mais mesquinho do que
esse, menos válido será. Não é limpo o suficiente. O Senhor deseja que tenhamos um propósito e um
motivo limpo ao trabalharmos para Ele. Há muitas atividades e muitos motivos que, uma vez que os
tocamos, sentimos haver ali muitas impurezas; eles não são brancos. “A fim de que não seja manifesta
a vergonha da tua nudez”, de maneira que, quando você anda diante de Deus, você não seja uma
vergonha.

A terceira coisa é:”Colírio para ungires os teus olhos, a fim de que vejas”. Aqui se diz
colírio, não comprimidos. Comprar colírio para ungir seus olhos é ter a revelação do Espírito Santo,
então seremos considerados como quem vê. Conhecer muitas doutrinas, pelo contrario, pode resultar
em decréscimo da revelação do Espírito Santo. Muitas vezes, a doutrina é a transmissão do
pensamento de um para o outro; contudo os olhos espirituais não vêem. Muitas pessoas estão andando
na luz dos outros. Muitos irmãos maduros falam de certa maneira, então, você fala daquela maneira
também. Alguns dizem:”fulano me falou”; se não houvesse fulano para falar-lhe, não saberiam o que
fazer. Recebemos doutrina do ensinamento dos homens, não do Senhor Jesus. O Senhor Jesus diz aqui
que isso não funcionará; você precisa ter a revelação do Espírito Santo. Não posso escrever uma carta
a um amigo, pedindo-lhe que ouça o evangelho por mim, para que eu possa ser salvo. Igualmente,
qualquer coisa recebida das mãos humanas está esgotada quando chega a nós; não tem nada que ver
com Deus. De acordo com a bíblia isto é cegueira. A não ser que toquemos no Espírito Santo, não
conseguiremos lidar com coisas espirituais. A questão não é quando ouvimos; muitas vezes é somente
um aumento de doutrina, um aumento de conhecimento. Porém sem nada ver de Deus. Assim
precisamos aprender uma coisa diante de Deus – temos de comprar colírio. Somente ver por nós
mesmo é realmente ver. Ver é a base daquilo que já foi ganho e é a base para ver de novo.
“Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso, e arrepende-te”. As palavras
faladas anteriormente são repreensões. Mas o Senhor nos mostra que nos repreende e disciplina desta
maneira porque nos ama. Portanto, sejamos zelosos. Que devemos fazer? Arrepender-nos. Antes de
tudo, devemos arrepender-nos. Arrependimento não é apenas uma questão individual; a igreja
também deve arrepender-se.

“Eis que estou a porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua
casa, e cearei com ele e ele comigo”. Há muitas coisas nesta declaração. Que tipo de porta é esta?
Muitos usam esse versículo para pregar o evangelho. Pode-se tomar emprestado esse versículo para
pregar o evangelho; pode-se emprestar esse versículo aos pecadores; mas não deve ser tomado
emprestado por muito tempo sem devolvê-lo. Esse versículo é para os filhos de Deus. Ele não se
refere ao Senhor batendo a porta do coração de um pecador; esta porta pe a do coração da igreja.
Porque porta, aqui, está no singular, o Senhor esta referindo-se à igreja. É realmente estranho que,
sendo o Senhor a cabeça da igreja, ou, podemos dizer, a origem da igreja, contudo Ele está do lado de
fora da porta da igreja, que tipo de igreja é esta?
O Senhor diz aqui: “Eis!” O Senhor diz isto para toda a igreja. A porta é a porta do coração
da igreja. “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta “ Estas duas palavras – “Se alguém” –
mostram-nos que o abrir da porta é uma questão individual. Na bíblia na duas linhas em relação à
verdade: uma é a linha do Espírito Santo, e a outra é a linha de Cristo; uma é subjetiva e a outra é
objetiva; uma refere-se à experiência , e a outra à fé. Se alguém dá muita atenção à verdade objetiva,
então vamos vê-lo escalando nuvens e cavalgando nevoeiros, o que é impraticável. Se ele
constantemente permanece do lado subjetivo, preocupando-se excessivamente com a obra interior do
Espírito Santo, então olhará continuamente para o seu interior e tornar-se-á insatisfeito. Qualquer um
que esteja buscando o Senhor deve ser equilibrado por ambos os lados da verdade. Um mostra-me
que sou perfeito em Cristo, e o outro mostra-me que o operar interior do Espírito Santo faz com que
eu me torne perfeito. O maior fracasso dos irmãos foi sua excessiva ênfase com a verdade objetiva e
negligencia com a verdade subjetiva. Filadélfia fracassou e tornou-se Laodicéia. O fracasso dela
deveu-se ao excesso da verdade objetiva. Isto não quer dizer que não há nada da obra interior do
Espírito Santo, mas no geral, há muito do aspecto objetivo. Em João 15, vemos o Senhor falando
sobre ambos os aspectos. Ele diz: “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós”. “Cearei com ele
e ele comigo”. O Senhor diz aqui: “Se você abrir a porta, Eu cearei com você”. Isso é comunhão e
também é alegria. Então temos uma intima comunhão com o Senhor, bem como a alegria que brota de
tal comunhão.

“Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e
me assentei com meu Pai no seu trono”. Dentre as promessas dadas aos vencedores nas sete igrejas,
muitos dizem ser esta a melhor. Embora alguns gostem das outras promessas, muitos me têm dito que
a promessa do Senhor a Laodicéia excede a todas. Anteriormente na promessa aos vencedores, o
Senhor não disse nada sobre si mesmo. Mas aqui o Senhor diz: se vencer, você ceará Comigo. Passei
por todos os tipos de vitórias; por isso, estou assentado no trono com meu Pai. Você também deve
vencer, assim poderá sentar no trono com meu Pai. Você também deve vencer, assim poderá sentar
comigo em Meu trono”. O vencedor aqui tem uma promessa extraordinariamente elevada. Por que?
Porque, então a igreja findará. O vencedor esta aguardando pela vinda do Senhor Jesus. Portanto, o
trono é aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário