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quinta-feira, 18 de abril de 2013

LIDAR COM A CONSCIÊNCIA








 Todo aquele que é salvo deve lidar com a consciência. Se não o fizer, não terá paz. Se não lidar com a consciência não conseguirá orar adequadamente. Se não lidar com a consciência, a leitura da bíblia será sem sabor e a pregação do evangelho, ineficaz. Se não lidar com a consciência, não conseguirá  prosseguir  na jornada que está adiante. Todas as pessoas salvas têm de passar pelo estágio de lidar com a consciência se querem prosseguir no caminho do Senhor. Nossa consciência é como uma janela, e nosso ser é como uma sala; a luz que a sala      ( nosso ser) recebe deve passar pela janela ( nossa consciência). A princípio, não há luz em nós, somente trevas, mas nossa consciência é como uma janela que permite que a luz entre.

 Antes de ser salvos, nossa consciência é como uma janela muito suja, manchada de massa de vidro, pela qual nenhuma luz consegue penetrar. Isso resulta na escuridão total em nosso ser. Uma vez salvos, o Espírito Santo entra em nós para nos iluminar, tornando nosso ser interior cheio de luz. Nesse momento sentimos que estamos errados. Então devemos arrepender-nos e confessar os pecados diante de Deus e lindar com os pecados diante dos homens. Toda vez que confessamos ou lidamos com o pecado, limpamos a janela antes coberta de massa. A coisa maravilhosa é que antes de limpa - lá, não sabemos quanto está suja; então, quanto mais limpamos, parece estar mais suja. Uma vez que a limpemos, mesmo que de leve, toda a sujeira oleosa é espalhada. Então quando a luz do sol brilhar sobre ela, parecerá que esta mais suja do que antes. No entanto, no final ela ficará limpa. O mesmo acontece com nossa consciência. Assim que fomos salvos, podemos ter pensando que comentemos somente alguns errinhos diante de Deus, mas depois que começamos a confessá-los, logo vimos erros maiores. Por fim quanto mais lidarmos com os pecados, menos pecados teremos. Isso é como limpar a janela: quanto mais a limparmos, menos sujeira ela terá. Como resultado desse processo, temos paz interior e podemos espontânea e facilmente orar a Deus. Quando a chuva jogar lama numa janela suja, quase não dá para ver nada de dentro da casa; contudo, depois que a janela é lavada, quando um pouquinho de lama cai nela, é logo percebido. Muitos fizeram algo errado, ainda que nunca percebessem que estava errado. Isso prova que nunca lidaram com a consciência.

 A CONSCIÊNCIA E A FÉ CAMINHAM JUNTAS

Quem almeja prosseguir no caminho da vida divina deve lidar com a consciência, porque a consciência e a fé caminham juntas. Quando oramos, precisamos ter fé. Oração sem fé é igual a não orar. Deus somente ouve a oração da fé. Ele não ouvirá nenhuma oração que não proceda da fé. No entanto, uma vez que tenhamos um problema na consciência, a fé se vai; e, uma vez que haja um buraco na consciência, a fé  vaza. Ainda podemos orar e clamar, mas, se não tivemos fé e nossa consciência não tiver nenhum sentimento, seremos como um pneu furado – quanto mais o enchemos, mais ele vaza e fica murcho.  I Timóteo 1:19 diz: “ Mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns tendo rejeitado a boa consciência, viram a  naufragar na fé.”  A tendência da sociedade em direção a corrupção é algo que não  havia no principio. No passado  não era assim. Hoje mesmo os círculos acadêmicos são cheios de mentira. Os  professores enganam os alunos, e os alunos enganam os pais. Todo lugar está chio de mentiras. Isso ocorre especialmente entre os jovens. Mesmo jovens cristãos contam mentiras em casa e na escola. Acham que é muito difícil não contá-las . É por essa razão que não progridem na fé.

Se temos um sentimento assim que contamos uma mentira devemos lidar com ele com rigor e não deixa-lo passar. Se contarmos uma mentira a alguém e não tivemos paz na consciência, temos de ir até a pessoa e logo lidar com isso, dizendo: “Desculpe. O que acabei de dizer é mentira; não é verdade”. Dessa forma nosso ser interior ficará cheio de luz. Talvez fiquemos cheios de luz por três duas. Então pode ser que nos deparemos com outro, incidente e contemos outra mentira. Assim que isso ocorrer, devemos lidar com o sentimento da consciência. Se não fizermos, depois de três ou quatros experiência como essa, o sentimento da consciência pouco a pouco se perderá. Uma vez perdido o sentimento na consciência, não só contaremos mais mentiras, como também faremos coisas piores e naufragaremos na fé.

Portanto receio que a consciência de muitos cristãos não resita à prova. Certa vez um pregador de disse algo que viu ao visitar um pastor. Quando se assentaram, o filho do pastor veio e lhe disse que  alguém procurava por ele. Então o pastor disse ao filho na frente do pregador: “Diga que não estou em casa.”  Isso mostra como é fácil contar uma mentira, nossa consciência fica com uma marca, como de ferro em brasa. Se repetirmos isso, não teremos mais nenhum sentimento na consciência; ela se tornará amortecida. A consciência de muitas pessoas não é vivificada, mas amortecida, porque mentir tornou-se para elas um hábito. Um cristão não conseguirá orar genuinamente após ter contado uma mentira nem conseguirá orar de fato após ter perdido a paciência. Alguns dizem que conheceram cristãos que perderam a paciência, mas não conseguiram orar logo depois disso. Há pessoas assim, mas Deus nunca ouve as orações daquelas cuja consciência esta anestesiada. Se alguém não ouve a voz da consciência, tampouco Deus ouvirá sua voz. Os que não têm sentimento na consciência certamente não têm fé nas orações. Deus não ouve a oração de mentirosos. Uma vez que a consciência de alguém fique corrompida, vazando ou anestesiada, ele já não será capaz de perceber o sentimento na consciência, e Deus não ouvirá sua oração.

Texto extraído do livro: Os puros de Coração ( Witness Lee)

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