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quarta-feira, 1 de maio de 2013

A ORAÇÃO PRÁTICA EM MATEUS 6










No artigo passado, vimos que a oração é um aroma agradável a Deus, que ela é nossa melhor arma para nossa batalha espiritual, que, por meio de invocar podemos orar sem cessar, e que o fato de deixarmos de orar pelos irmãos é pecar contra Deus. Nesse artigo, veremos a oração revelada em Mateus capítulo 6.


A ADVERTÊNCIA DO SENHOR

Mateus capítulo 6 começa com uma advertência do Senhor: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serem vistos por eles, doutra sorte, não tereis galardão junto ao vosso Pai celeste”. Quando fazemos algo para o Senhor, a primeira coisa a ser levada em consideração é a nossa intenção. Por qual motivo fazemos algo para o Senhor? Será que realmente estamos fazendo isso pelo Senhor ou para sermos visto pelos homens? O Senhor nos adverte que se fizemos alguma coisa com a intenção de sermos vistos pelo outros, não teremos galardão para receber do Pai, porque não fizemos para Ele, mais sim para satisfazer nosso ego.  O que fazemos, tem que ser para a glorificação e santificação do nome de Deus, também precisa ser feito parta estabelecer o reino e o governo de Deus na terra. Tudo que fazemos fora desses assuntos citados, são para nós mesmos e por isso será recusado por Deus.
Vale lembrar-se do que está escrito em Mateus 7:21-23, onde muitos dirão: Senhor, porventura  não profetizamos em seu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? Qual foi a resposta do Senhor a essas pessoas? Então lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade. Mais não é a vontade de Deus que todos profetizemos? Sim, em 1 Coríntios 14:31 diz que todos podemos profetizar. O Senhor também não deu autoridade para os seus discípulos sobre os espíritos imundos? Sim, em Marcos 6:7 confirma isso. Mais então porque o Senhor não os aceitou? O problema não foi o que fizerem, mais com qual intenção fizeram. Não fizeram para glorificar o Senhor, mais simplesmente para mostrar-se ao homem. Fazer a coisa certa, Bíblia, ordenada por Deus, mais não com a intenção que visa o Senhor, não será aceito por ele.

Se nós orarmos, pregamos a palavra, apascentarmos, coma intenção de mostrar aos irmãos que estamos servindo o Senhor, perderemos nosso galardão. Precisamos então ser conduzidos ao arrependimento e termos uma mudança de atitude. Precisamos reconhecer nossa verdadeira intenção diante do senhor.

SERMOS VISTOS PELO SENHOR

No versículo 5 o Senhor diz: “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos da praça, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa”. Esse versículo continua o que o Senhor disse no versículo 1, mais agora fala especificamente da oração. Os que oram apenas para mostrar aos outros que estão orando, é chamado pelo Senhor de hipócritas. Uma pessoa hipócrita é uma pessoa falsa, fingida. A essas pessoas, o Senhor disse que elas não receberão galardão do Pai (Versículo 1), mais já receberam seu próprio galardão na terra. O que é um galardão? Galardão é uma recompensa por nosso labor. A galardão de quem trabalha é seu salário. O galardão de quem busca um bom estudo é sua formação. O que esses homens buscaram? Buscaram ser visto pelos homens, e, ao serem visto, já receberam seu galardão, e não terão outro galardão para receber. Qual é nossa busca? Qual é o nosso alvo? Qual galardão nós estamos buscando?  É o Reino. Por isso precisamos fazer todas as coisas visando o Reino. Nossa oração, nosso falar, nosso trabalhar, nossos estudos, nossa família, nosso tempo, tudo isso precisa ser em prol do Reino, mesmo que nunca sejamos visto pelos homens.

No versículo 6 continua: “Tu, porém quando orares, entra no teu quarto,e,fechada a porta,orarás a te Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”.  O que é mais interessante nesse versículo, é que ele não diz: “o Pai que ouve”, mais sim, “ o Pai que vê”. A oração são palavras, mais como o Pai pode “ver” as palavras? Na realidade algo que é importante para o Senhor nem sempre são as palavras usadas em nossas orações, mais sim a nossa disposição de orarmos a ele, nossa disposição de tirarmos um tempo para termos comunhão com Deus. Por isso, em sua oração, não fique preocupado em falar palavras bonitas, ou falar muito, mais sinta em seu coração o desejo de estar na presença do Senhor. Diga ao Senhor: ò Senhor, eu não sei o que falar, mais sei que quero estar na sua presença, quero sentir seu Espírito em mim e o seu doce falar. Em minha experiência, já tive momentos em que me joelhava para orar, mais a única coisa que fazia era invocar o nome do senhor. Invocava várias vezes e depois me levantava. Posso testificar que ficava cheio do Espírito.

A BASE PARA NOSSA ORAÇÃO

Em Mateus 6:9-13 temos uma base para a nossas orações diárias. Muitos cristãos tem tomado essa oração como uma reza, repetindo palavra por palavra do que está escrito nesses versículos. Essa oração não é para ser repetido, mais sim, um exemplo, um modelo para nossas orações. No versículo 9-13 diz: “Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que está nos céus, santificado seja teu nome; venha teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos nossos devedores; e não nos deixe cair em tentação; mais livra-nos do mal”.

Reconhecer Deus como Pai

A oração se inicia com “Pai nosso”. Devemos antes de tudo reconhecer Deus como nosso Pai. Nossas orações precisam ser feita de filho para o Pai, não de um servo para seu Senhor, ou de homens para Deus. Ter Deus como nosso Pai demonstra uma intimidade, um aconchego. Quando falo com meu pai terreno, sei que posso lhe abrir meu coração,posso ser repreendido quando necessito, posso ser orientado quando tenho dificuldade. Esse precisa ser nosso viver com nosso Pai celeste. O termo “Deus” mostra que Ele é criador de todas as coisas, superior a todos, pois possui uma vida incriada e eterna. Termo “Senhor”, demonstra que somos servos de alguém, que estamos debaixo de alguém que governa, no qual devemos prestar obediência. Mais quando usamos o Termo “Pai”, é totalmente diferente, automaticamente sentimos um aconchego, pios somos a família de Deus.

O desejo de Deus foi sempre ter muitos filhos. No final da Bíblia o Senhor diz em Apocalipse 20:7: “O vencedor herdará essas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho”. É bom notarmos que o Senhor não diz que o vencedor será seu servo, seu adorador, mais filho.

Santificar o nome do Senhor

Continuando o versículo 9 encontramos outro ponto; santificar o nome do Senhor. “Santificado seja o teu nome”. O nome denota a pessoa. O nome do Senhor denota o que Ele é. Santificar o nome do Senhor é santificar o próprio Senhor. O Senhor é santificado nos céus, como é mostrando em Apocalipse 4:8, mais há a necessidade de santificar seu nome, a sua pessoa na terra. Portando, nossas orações precisam ser para santificar o Senhor. Nossos atos, nosso falar, também precisam ser para santificação da pessoa do Senhor.
Um meio de santificar o Senhor é crer e obedecê-lo. Em Números 20:2-13, o Senhor disse a Moisés que falasse à rocha e ela lhe daria a água (versículo 8), mais Moisés, irado como povo, ao invés de falar ele feriu a rocha, desobedecendo assim o falar do senhor ( versículo 11). Imediatamente o Senhor disse a Moisés e a Arão: “Visto que não creste em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso, não fareis entrar este povo na terra que lhe dei”. Deixar de santificar o nome do Senhor é perder o direito de participar do desfrute no Reino. Canaã tipifica o Reino, sendo assim uma terra cheia de desfrute, que mana leite e mel (Êxodo3: 8), mais nem Moisés e nem Arão puderam desfrutar dessas riquezas simplesmente porque não santificaram o nome do Senhor nas águas de Meribá

Venha o Teu Reino

No versículo 10 diz; “Venha o teu reino; faça-se a tua vontade assim na terra como no céu”. A outra necessidade do Senhor é introduzir seu reino na terra. O Reino de Deus, com o comprimento da sua vontade está nos céus, mais precisar ser trazido para a terra. Nossas orações precisam visar o Reino, o governo soberano de Deus.

Em Mateus 24:14 o Senhor nós dá a incumbência de pregar o evangelho do Reino em toda a terra habitada. A finalidade é simplesmente estabelecer o Seu reino em toda a terra. Onde o reino for estabelecido, seu governo e a sua vontade também será estabelecida. Assim, a vontade de Deus será feita na terra como é feita no céu. Quando estabelecemos o Reino na terra? Quando levamos as pessoas a reconhecerem Cristo como Senhor. Muitos hoje reconhecem Cristo como salvador, sabem que, pela fé Nele somos salvos (Efésios 2:8-9), sabem que se cremos Nele nos tornamos filhos de Deus e como filhos, herdeiros ( João 1:12; Romanos 8:17). Mais reconhecer Cristo como salvador não estabelece seu Reino, mais sim o fato de reconhecermos como Senhor. Quando O reconhecemos como tal, sabemos que estamos debaixo do seu governo, que somos submissos a ele, que somos seus servos, seus súditos. Não ousamos fazer nada, nem agir, nem mesmo falar sem a sua permissão. Quando o reconhecemos como Senhor, reconhecemos também que a vontade Dele está acima da nossa, que a necessidade Dele está acima da nossa e que preciso viver para satisfazê-lo. Quando isso acontece, temos o Reino estabelecido na terra.

Vale lembrar que não basta sabermos que Cristo é o Senhor. Muitas pessoas sabem mais não se submetem ao seu governo, não se importa com a vontade nem com a necessidade do Senhor, nesse caso, o reino não pode ser estabelecido, pois não haverão servos, nem governados. Por isso, além de oramos ao Senhor para trazer seu reino para a terra, também devemos orar para que as pessoas O reconheçam como Senhor e Rei.

O Pão Nosso

Depois de oramos reconhecendo Deus como nosso Pai, santificando seu nome, sua pessoa, e estabelecendo seu Reino, então poderemos orar pelas nossas necessidades. Nossa primeira necessidade é da alimentação. Por isso o Senhor diz: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”. (versículo 11). A nossa necessidade não é apenas do pão físico, mais também do pão espiritual que é Cristo (João 6:22-59). No nosso viver da igreja, nossa prioridade tem que ser alimentarmos do Senhor. Precisamos aprender a tomar Cristo como nosso alimento por meio da oração. Quando O invocamos, alimentamo-nos do Senhor. Quando tomamos a palavra em oração, também alimentamo-nos do Senhor. Nossas orações precisam ser um verdadeiro banquete espiritual.

Perdão

No versículo 12 continua: “E perdoa-nos nossas dívidas, assim como nós temos perdoado nossos devedores”. Depois do nosso alimento, a segunda necessidade para qual orarmos é pelo nosso perdão. Nesse versículo o senhor vê nossos pecados como dívidas. Nós temos uma dívida com o Senhor, porém nós não podemos pagá-la. O que devemos fazer? Precisamos orar ao Senhor em busca do seu perdão, precisamos orar ao Senhor para aplicar seu sangue sobre nós, pois seu sangue é o preço pago por ele para saudar nossas dívidas. Aqui o Senhor diz para pedir perdão assim como nós também perdoamos. Se não perdoamos os outros, não adianta pedir perdão ao Senhor. Em João 20:23, o Senhor disse a seus discípulos que se alguém perdoar os pecados serão perdoados e se retiverdes, serão também os deles retidos. Em relação ao perdão, precisamos orar ao Senhor para nos da capacitar de perdoar os pecados dos outros, as ofensas e as dívidas que os outros tem conosco, sendo assim, teremos graça diante do Senhor

Não Cair em Tentação

Por fim o versículo 13, o Senhor diz: “Não deixeis cair em tentação; mais livra-nos do mal”. Nossa terceira necessidade em nossa oração é orarmos ao Senhor para nos fortalecer com seu Espírito e não deixar-nos cai na mão do tentador. Como sabemos uma vez salvos, não perdemos a salvação, pois esta é eterna e uma vez dada por Deus, Ele não a toma de volta. O inimigo não nos tenta como fim de irmos para o lago de fogo, mais a sua intenção em nos tentar é fazer com que nós percamos o galardão no Reino. Devemos orar ao Senhor para tirar de nós todas as nossas cobiças. De acordo com Tiago 1:14, o inimigo usa nossa cobiça, nosso “ponto fraco” para nos tentar, e se não estamos alicerçados no senhor, cairemos.
Esses são os pontos básicos na nossa oração diária. Devemos relembrar que esta oração em Mateus seis não é para ser repetida letra por letra, mais sim termos ela como modelo para as nossas orações. Nessa oração podemos tomar alguns princípios básicos: Vemos que esta oração está dividida em duas partes, a primeira parte mostra a necessidade do Senhor, a segunda parte mostra as nossas necessidades. O que o Senhor quis mostrar com isso? Ele nos mostra que em nossas orações, primeiro devemos orar pela necessidade do Senhor, pela vontade do Senhor e somente depois orarmos pelas nossas próprias necessidades. Em Mateus 6:33, o Senhor nos exorta a buscar em primeiro lugar o reino e a sua justiça e todas as coisas serão acrescentadas. Buscar em primeiro lugar o Reino e sua justiça é buscar em primeiro lugar a vontade de Deus e a necessidade de Deus, é nos posicionarmos por Ele. Para terminar, vemos que a necessidade básica do Senhor é ser reconhecido como Pai, Ser santificado e ter seu Reino com a sua vontade estabelecida na terra. As nossas necessidades básicas são nosso alimento,físico e espiritual, o perdão dos nossos pecados e a capacidade de perdoar os outros, e também a necessidade de vencer as tentações.

Jesus é o Senhor!
Alzemendes V. Silva

Um comentário:

  1. JOSÉ AUGUSTO SOUZA SANTOS, IGREJA EM JOÃO PESSOA. E-MAIL: jassantos04@hotmail.com
    GRAÇAS AO NOSSO SENHOR E CRISTO PODEMOS DESFRUTAR GRATUITAMENTE DE SUA VIDA. COMO EM ISAÍAS 55:1-6 SOMOS UM POVO QUE TEM SEDE, MAS NÃO TEMOS DINHEIRO. DESTA FORMA, O SENHOR PODE NOS SUPRIR, COM VINHO E LEITE. "AH! TODOS VÓS, OS QUE TENDES SEDE, VINDE AS ÁGUAS". OBRIGADO AO PAI PELO MANANCIAL, OBRIGADO AO FILHO PELA FONTE. OBRIGADO AO ESPÍRITO PELA SUA ÁGUA PURIFICADORA QUE TEM NOS LAVADO. "DAI DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES", DIZ O SENHOR. QUE ASSIM PROSSIGAMOS, LEVANDO, SEM NADA COBRAR E SEM EXAURIR AS PESSOAS, A SÃ PALAVRA, O ENSINO SAUDÁVEL DOS APÓSTOLOS, A PURA EXPRESSÃO DE DEUS LIVRE DE QUALQUER FERMENTO MALIGNO CAPAZ DE NOS DESVIAR DE SEU PROPÓSITO PRECÍPUO: CRESCERMOS EM VIDA PARA NA PRÓXIMA ERA REINARMOS COM ELE. QUE O SENHOR ABENÇOE RICAMENTE ESTA PÁGINA, SEUS IDEALIZADORES E SEUS VISITANTES, E QUE ESTES ÚLTIMOS, EM PARTICULAR, POSSAM SER LEVADOS A TER UMA EXPERIÊNCIA PESSOAL E ÍNTIMA COM O AUTOR E CONSUMADOR DE NOSSA FÉ, CRISTO JESUS. QUE POSSAMOS SER ENCORAJADOS COM AS VASTAS EXPERIÊNCIAS DA CRUZ PELAS QUAIS NOSSO AMADO IRMÃO WATCHMAN NEE TANTO DESFRUTOU E ASSIM, FORTALECIDOS NO SENHOR, POSSAMOS ROGAR AO PASTOR E BISPO DE NOSSAS ALMAS QUE NOS CONCEDA A EXPERIÊNCIA GENUÍNA DA CRUZ, A FIM DE CUMPRIRMOS CABALMENTE SEU PROPÓSITO E SUA VONTADE, CONFORME O QUE ESTÁ ESCRITO EM MARCOS 8:34-38. ASSIM, OBTENDO A ÍNTIMA, PESSOAL, INDIVIDUAL E SINGULAR EXPERIÊNCIA COM NOSSO AMADO REI, POR FÉ, PODEREMOS REPETIR AS SÁBIAS PALAVRAS DE JÓ 42:5: "EU TE CONHECIA SÓ DE OUVIR, MAS AGORA OS MEUS OLHOS TE VEEM". LOUVADO SEJA O NOME SANTO DO SENHOR, O ÚNICO DIGNO DE TODA HONRA, GLÓRIA E EXALTAÇÃO. AMÉM. JESUS CRISTO É O NOSSO SENHOR! TENHA CERTEZA, AMADO IRMÃO EM CRISTO JESUS, QUE, DEPOIS DE TER PASSADO POR SUA PRÓPRIA EXPERIÊNCIA GENUÍNA, A SUA FÉ, NA PESSOA DELE, SERÁ COMO A SARÇA ARDENTE (ÊXODO 3:2), QUE ARDE NO FOGO DO ESPÍRITO, MAS NÃO SE CONSOME. GLÓRIAS E LOUVORES SEJAM SEMPRE DADOS A ESTE NOME QUE TEM INFINITO PODER CELESTIAL.

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