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domingo, 9 de dezembro de 2012

O ASPECTO PRÁTICO DA VIDA DA IGREJA (3)






  Leitura Bíblica: João 15:12,17; Mateus 20:25-27; 23:8-11; 1 Pedro 5:1-3,5; Romanos 12:4-5; Apocalipses 1:5b-6a;5:9b-10a; João 15:5, 8, 16; 21:15b, 16b, 17b; Atos 8:1; 11:19-22



Nos últimos dois capítulos vimos que a vida é a coisa primordial na prática da vida da igreja. Para a  experiência  e  desfrute  da  vida,  precisamos  alimentar-nos  do  Senhor  Jesus.  À  medida  que comemos, crescemos em vida, e o resultado é a edificação. Vimos também o que o Senhor Jesus é,onde Ele está e a maneira de comê-Lo. A melhor maneira de comê-Lo é invocar o Seu nome e ler-orar a Sua Palavra.  




Neste  capítulo,  abordarei  oito  pontos  adicionais.Eles  são  muito  práticos  e  estratégicos  para  a vida da igreja. Não são itens da nossa fé cristã, mas são coisas necessárias no aspecto prático da
vida da igreja. Para ser prevalecente, a igreja numa cidade deve ter esses itens como partes da sua prática.  



AMOR FRATERNAL  



Primeiro, devemos praticar o amor fraternal (João 15:12,17). O nome "Filadélfia" (Apocalipse 3:7) significa amor  fraternal.  Temos  de  amar  uns  aos  outros;  todavia,  o  nosso  amor  não  deve  ser  algo mundano,  emocional  ou  carnal.  Deve  ser  no  espírito,  cheio  da  vida  de  Cristo.  Todavia,  não devemos  espiritualizar  nosso  amor.  Temos  de  amar  a  partir  do  nosso  espírito,  mas  às  vezes nosso  amor  tem  de  ser  material.  Se  vemos  uma  necessidade  material,  física,  de  um  irmão,devemos  satisfazê-la;  porém,  não  de  maneira  mundana.  Devemos  orar  e  buscar  a  direção  do Senhor para o que fazer. A maneira mundana é fazer um espetáculo do nosso amor e ter algum objetivo de proveito próprio para ele. Mas o amor fraternal adequado, na vida da igreja, não tem nenhum objetivo de proveito próprio nem faz nenhum espetáculo.  



Suponha que um irmão esteja desempregado e não tenha dinheiro. Além disso, ele está doente e necessitado.  Devemos  buscar  orientação  e  sabedoria  do  Senhor  quanto  a  como  ministrar  algo para suprir-lhe a necessidade. Muitas vezes o Senhor nos guiará a não deixar que ele saiba que estamos  oferecendo  algo  para  suprir-lhe  a  necessidade.  Nós  o  fazemos  em  secreto.  Dessa maneira, nosso amor o ajuda e também glorifica o Senhor.  


Não ame de maneira carnal. Às vezes, quando os jovens não amam alguém, eles simplesmente não se importam com aquela pessoa. Mas quando começam a amar, amam de maneira que causa dano aos outros. Por exemplo: um irmão pode ter vinte e um anos e outro vinte. Eles começam a amar um ao outro e, como resultado, compartilham até roupas e sapatos. Esse é um tipo de amor carnal.  Não  há  discernimento  no  espírito  e  nenhuma  limitação  ou  restrição.  Não  importa  o quanto  nos  amenos  uns  aos  outros,  devemos,  ainda,  guardar  distância  de  discernimento  no espírito e ser restringidos.  

 Se, por algum motivo, um irmão precisa de uma camisa ou um par de sapatos, temos de amá-lo e fazer  algo  para  suprir-lhe  a  necessidade,  mas  não  de  maneira  carnal.  Deve  ser  no  espírito.
Quando buscamos o Senhor, exercitando o discernimento em nosso espírito, Ele pode orientar-nos a colocar uma quantia num envelope e endereçá-la ao irmão. Dentro do envelope podemos,também, pôr uma anotação, dizendo-lhe que o dinheiro anexo vem do Senhor para ele comprar uma camisa. Então, colocamos o envelope na caixa de ofertas sem expor de quem veio a oferta.Talvez usemos até letra de forma para que ele não saiba quem fez a oferta. O envelope ser-lhe-á dado pela igreja e, quando ele o abrir e ler para que é designada a oferta, ficará muito tocado pelo Senhor.   Para   ele,   a   quantia   é   como   o   maná   que   veio   dos   céus.   Dessa   maneira,   jamais estimularemos a gratidão carnal de um irmão. Um amor genuíno foi expresso para com o irmão e isso  foi  uma  glória  para  o  Senhor;  todavia,  tudo  foi  oculto  dele.  Materialmente,  ele  pode  não saber quem lhe deu a oferta, mas, espiritualmente, percebeu no ofertante o amor do Senhor para
com ele. O que recebe a oferta sente o amor do Senhor daquele que deu a oferta. Esse tipo de amor é puro, embora oculto. Ele tudo faz para o benefício da igreja e para o benefício do querido irmão. Ele também glorifica o Senhor e não dá ao inimigo chance de vir e danificar algo.
  
Por   outro   lado,   se   estou   necessitado,   não   devo   deixar   que   os   outros   saibam   da   minha necessidade. Na China, tivemos uma cooperadora idosa, a mais idosa entre nós. Ela sempre nos dizia que não tivéssemos uma fé que exige o amor dos outros. Ter tal fé declara que tenho fé em Deus para o meu viver, mas, deixo você saber o quanto necessito. Não devemos jamais mostrar a nossa pobreza, mas esforçar-nos ao máximo para trabalhar e ganhar algum dinheiro. Se amamos os  outros,  nunca  devemos  sobrecarregá-los.  Alguns  santos  pensam  que,  porque  temos  amor fraternal, não é necessário que eles trabalhem tanto. Isso não é amor fraternal. Amor fraternal sempre      cuida    dos    outros,    nunca     os   sobrecarrega.       Aprenda      a   cuidar    das    suas    próprias necessidades   trabalhando   adequadamente,   trabalhando   bastante   e   ganhando   algo   para   os outros.
  
Na  igreja  em  Taipé,  Formosa,  todo  domingo  e  até  mesmo  após  algumas  reuniões  semanais quando  os  responsáveis  abrem  a  caixa  de  ofertas,  há  muitos  envelopes  e  embrulhos  com dinheiro. Eles são dirigidos a determinada irmã que está doente no hospital, ou a um irmão que precisa de custeio para os estudos, ou para muitos outros que estão com certas necessidades. Ali há todo tipo de embrulhos; entretanto, as pessoas que recebem a ajuda não sabem quem a deu.Somente o Senhor sabe. Esse é um amor básico.  
Se esse tipo de amor for praticado, ele prova que a igreja em que estou ama o Senhor e que os santos ali levam o Senhor a sério. Esse tipo de amor edifica. Ele confirma, fortalece e une. Como alguém edificado numa igreja como essa, como eu poderia ser desviado da igreja? É impossível.Isso é o amor verdadeiro. Precisamos de um amor como esse, um amor que não é expresso de maneira mundana,   ou   carnal,   ou   emocional,   mas   cheia   da   vida   do   Senhor  e   que   está absolutamente na sabedoria do Espírito. Praticamos  o amor fraternal; entretanto, não sabemos quem faz isto ou aquilo. Apenas sabemos que o Senhor o faz por intermédio dos santos, na igreja.  



NÃO EXERCER O SENHORIO  



Na  igreja,  ninguém  deve  exercer  o  senhorio.  Mateus  20:25-28;  23:8-11  e  1  Pedro  5:1-3,  5 revelam que os governantes das nações exercem senhorio sobre as pessoas, mas, na igreja, não há nenhum exercício do senhorio. Temos senhorio, mas do próprio Senhor. Ninguém, na igreja,não  importa  quanta  responsabilidade  tenha, quanta  vida  ministre  aos  santos,  ou  quanta  graça tenha  recebido  do  Senhor  para  edificação  das  igrejas  locais,  jamais  deve  exercer  qualquer senhorio      sobre    os    outros.    Somos      todos    irmãos     (Mateus 23:8).    Devemos       exercer     apenas      a fraternidade; não exercemos nenhum tipo de senhorio.  


Os  amados  que  lideram  em  todas  as  igrejas  locais  e  todos  os  outros  irmãos,  jamais  devem considerar   que   deve   haver   algo   como   senhorio   humano   exercido   nas   igrejas.   Não   temos
diferentes  classes  na  vida  da  igreja.  Temos  apenas  uma  classe:  os  irmãos.  Não  há  classe  alta  e baixa. Digo novamente: alguém pode ser muito usado  pelo Senhor e ser cheio de Sua presença,
da vida  do Senhor, do  poder do Senhor e, até mesmo, da autoridade do Senhor, mas não deve exercer nenhum senhorio sobre os outros. Exercer senhorio sobre qualquer pessoa é errado. O Senhor  Jesus  disse:  "Quem  quiser  tornar-se  grande  entre  vós,  será  esse  o  que  vos  sirva"  (Mateus 20:26). O maior, nas igrejas locais, é o servo de todos os irmãos. Nós não exercemos senhorio,
mas  temos  escravidão  voluntária.  Não  somos  escravizados  por  ninguém,  mas  gostamos  de  ser escravos de todos. Isso é maravilhoso e é a vida da igreja. Não temos nenhum mestre humano (Mateus 23:8). Temos apenas um mestre divino: o Senhor Jesus.  
Também  não  devemos  chamar  ninguém  de  pai.  Fazer  isso  contradiz  totalmente  o  ensino do Senhor em Mateus 23:9. Temos apenas um pai: nosso Pai no céu. Não há postos na vida da igreja.
Não  há  pessoas  superiores  ou  inferiores.  Todos  estão  no  mesmo  nível  e  todos  têm  a  mesma patente. Somos todos irmãos.  

EXERCITAR A OBEDIÊNCIA  

Não  exercemos  senhorio,  mas  exercitamos  a  obediência.  Obedecemos  uns  aos  outros.  Em  1 Pedro 5:5, a Bíblia diz: "Jovens: sede submissos aos que são mais velhos". A Bíblia também diz:"Sujeitando-vos uns aos outros" (Efésios 5:21). Não apenas os jovens sujeitam-se aos mais velhos até os mais velhos têm de aprender a submissão. Todos devem submeter-se uns aos outros. Esse é o equilíbrio. Tráfego de uma só mão leva sempre a um extremo. Precisamos de um tráfego em duas  mãos.  Por  exemplo:  às  vezes,  numa  família,  os  pequeninos  equilibram  os  pais.  Os  filhos
podem dizer: "Papai, por que você dorme tão tarde? Mamãe, está na hora de você ir para a cama.Mamãe, papai, porque vocês falam tanto? Mamãe, por que você gosta tanto de si mesma? Por que
você não ama o papai? Papai, você não percebe que meu tio precisa de algo?"  
Às   vezes   nossos   filhos   são   usados   pelo   Senhor   para   nos   dizer   algo.   Todos   nós,   os   pais,precisamos do equilíbrio dos filhos. Nunca devemos  pensar: "Eu sou o pai; portanto, todos  na
família têm de me ouvir." Todos precisamos de equilíbrio. Na vida da igreja, os irmãos nunca devem forçar as irmãs a se sujeitar a eles. Alguns irmãos, na igreja em certas cidades declaram às irmãs que, com base em 1 Coríntios 11:3, eles são cabeça das  mulheres  e  que  todas  as  irmãs  têm  de  se  submeter  a  eles.  Certamente,  esse  tipo  de encabeçamento  precisa  ser  equilibrado.  Os  irmãos  precisam  do  equilíbrio  das  irmãs.  Todos precisamos aprender algo dos outros. Sem esse equilíbrio, só haverá tráfego em uma direção e isso sempre leva a um extremo.  


Na igreja, eu posso ser um dos presbíteros locais; todavia, ainda preciso estar sujeito a todos os irmãos  -  até  mesmo  às  irmãs  -  e  ouvi-los.  Todos  os  presbíteros  devem  ouvir  os  conceitos,  as
sensações,  os  sentimentos  e  as  palavras  dos  outros.  Depois  devem  levar  o  produto  de  toda  a comunhão  ao  Senhor  e  buscar  a  Sua  orientação.  Talvez  a  decisão  não  seja  tomada  segundo  o sentimento dos presbíteros, mas em parte segundo o que sentem os irmãos, e em parte segundo a  revelação  do  Senhor.  Então  a igreja  é  guardada  em  equilíbrio  e pode  prosseguir  de  maneira adequada.  


EXERCER A FUNÇÃO  

Devemos também praticar ser todos, na igreja, membros funcionantes no Corpo (Romamos 12:4-5; 1 Co 14:24-26, 31-32). Não deve acontecer de apenas uns poucos serem os membros funcionantes e  os  restantes,  passivos.  Todos  devem  ser  membros  ativos.  Uma  degradação  séria  entre  os cristãos é que a maioria deles é passiva. Portanto, devemos exercitar o verdadeiro ministério do Corpo.  Hoje,  quando  as  pessoas  falam  sobre  o ministério  do  Corpo,  elas  consideram  que  dois, três ou quatro ministérios são o ministério do Corpo. Mas o ministério do Corpo é quando todos os   membros   estão   funcionando.   Se   trezentos   estão   reunidos,   todos   os   trezentos   devem funcionar.  

Nosso  corpo  tem  muitas  partes.  Quando  andamos  ou  pulamos,  todas  as  partes  funcionam;nenhuma parte fica passiva. Todos os santos devem ficar encorajados a entrar nessa prática. Se formos pedir um hino, é melhor ajudar alguém mais jovem ou fraco a pedi-lo. Também devemos ajudar  todos  os  membros  a  se  levantar  e  dizer  algo.  Talvez,  alguém  possa  dizer  apenas:  "ó Senhor Jesus"; entretanto, esse pode ser o começo do exercício da sua função.  
Por outro lado, alguns são ativos demais. Esses precisam dar oportunidade aos outros e tornar-se ativos em ajudar os outros a funcionar.  


O SACERDÓCIO UNIVERSAL  



Precisamos  também  praticar  o  sacerdócio  universal  (Apocalipse  1:6;  5:10),  o  qual  significa  que  todo crente  é  um  sacerdote.  Na  prática  da  vida  da  igreja,  não  devemos  ter  clérigos  e  leigos,  mas apenas sacerdotes. No Corpo de Cristo somos membros e, no serviço a Deus Pai, sacerdotes. Por isso, devemos não apenas funcionar nas reuniões; devemos também servir. Na igreja há muitos serviços, e todos devem tomar parte neles. Seja um sacerdote que serve, não apenas um membro funcionante. Todos devemos praticar isso.  


ESFORÇAR-SE POR PRODUZIR FRUTO  

Na vida da igreja todos precisamos frutificar. O Senhor Jesus disse: "Eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça" (João 15:16). Isso não é ter unicamente uma expansão pela pregação do evangelho. Também não é apenas "ganhar almas".  É transmitir vida aos outros. Em Mateus 28: 19, Marcos 16:15 e Lucas 24:47, é-nos dito para ir e pregar,  mas,  no  Evangelho  de  João,  é  dito  para  ir  e  frutificar.  O  Evangelho  de  João  é  um  livro sobre  a  vida;  portanto,  a  pregação,  a  expansão,  nesse  livro,  é  a  transmissão  de  vida  a  outros, fazendo com que eles se tornem frutos.  

Nunca diga que números nada significam. Em Atos 11:21, o registro divino diz: "Muitos, crendo,se converteram". Se números nada significassem, o Espírito Santo nunca teria dito isso. Na vida conjugal  precisamos  de  filhos.  Se,  após  um  longo  período,  um  casal  não  tem  filhos,  isso  indica que algo está errado. Gerar filhos é, também, simplesmente para transmitir a vida que temos aos
nossos filhos.  


Também precisamos de alguns filhos espirituais. Precisamos transmitir nossa vida espiritual aos nossos  filhos  espirituais.  Se  a  igreja  em  determinada  cidade  tem  cinqüenta  irmãos  este  ano,
cinqüenta  e  um  no  ano  que  vem  e  quarenta  e  cinco  no  ano  subseqüente,  ela  não  deve  tentar justificar-se dizendo não se importar com números,  mas apenas com qualidade. A igreja numa
cidade  precisa  de  números.  Embora,  num  aspecto  espiritual,  alguns membros  gerados  possam ser inválidos, cegos, surdos ou coxos, isso ainda é bom. Na aparência, pode ser uma bagunça, mas
é melhor do que nada, e algo surgirá daí. Alguns pais fisicamente coxos geraram filhos muitos fortes.  


Todas as igrejas devem encorajar todos os irmãos a produzir. Todos os santos devem esforçar-se para  gerar  fruto,  fruto  que  permaneça.  Não  se  preocupe,  pensando  que,  se  gerarmos  muitos filhos, a igreja não poderá cuidar deles e alguns morrerão. Talvez isso seja verdade, mas alguns permanecerão  e  isso  é  melhor  do  que  nada.  Todo  casamento  normal  produz  filhos.  Temos  de enfatizar isso bastante e pô-lo em prática.  

ALIMENTAR OS CORDEIROS  


O  ponto  seguinte  é  alimentar  os  cordeiros  (João 21:15-17).Dar  fruto  é  uma  coisa;  alimentar  os cordeiros é outra. Se somos adequados, por um lado, traremos muitos incrédulos às reuniões e, por outro, cuidaremos  de vários recém convertidos.  Temos de dar frutos e temos, também, de alimentar os cordeiros. Nesses dois aspectos, não devemos ser especiais ou particulares. A igreja
é para todos, incluindo os jovens, os de meia idade e os mais velhos. A igreja é para todo tipo de pessoas.  Não  sabemos  de  que  direção  o  Senhor  trará  pessoas  para  a  igreja.  Enquanto  Pedro
estava sofrendo perseguição em Jerusalém, ele deve ter pensado que Saulo de Tarso certamente iria para o inferno. Mas, superando a expectativa de Pedro, o Senhor fez de Saulo um apóstolo.  

A  igreja  não  é  edificada  com  as  pessoas  que  queríamos  ter,  mas  com  as  pessoas  que  Deus escolheu  antes  da  fundação  do  mundo  (Efésios 1:4).  Não  podemos  predizer  se  nossos  filhos,  pais,
primos, colegas de escola ou  vizinhos serão o povo  da igreja. Somente o Senhor sabe. Nós tão somente prosseguimos de maneira geral, segundo a orientação do Senhor e damos frutos. Não faça nada especial, estranho ou peculiar, e não classifique as pessoas. O Senhor pode até levantar alguns  bons  santos  dentre  os opositores. 
Quem  será  salvo,  quem  serão  os  presbíteros,  quem serão os espirituais, somente o Senhor sabe. Isso não é da nossa alçada, mas da Dele. Entretanto, ainda temos de cumprir o nosso dever de dar frutos  e alimentar os cordeiros. Isso não é obra sua, nem minha, nem mesmo nossa; é obra do Senhor.  

EXPANDIR POR MEIO DA MIGRAÇÃO
  
Em  Atos  8:1,  vemos  que  veio  perseguição  contra  a  igreja  em  Jerusalém,  dispersando  assim  os santos e forçando-os a migrar. Atos 11:19 mostra que os dispersos pregaram o evangelho por onde iam e algumas igrejas foram levantadas. As notícias voltaram à igreja em Jerusalém e de lá enviaram Barnabé para ter comunhão com eles (At  11:22). A expansão do evangelho e da vida da igreja, no primeiro século, começou pela migração dos santos. A saída dos apóstolos começou a partir de Antioquia (At 13:2-3).  


Portanto,  muitos  santos  nas  igrejas  devem  ser  migrantes,  migrando  primeiro  de  cidade  em cidade, de estado em estado, dentro do país e, depois, migrando para outros países. Por causa da
restauração  do  Senhor,  não  devemos  ser  míopes  e  ter  os  olhos  postos  apenas  na  cidade  onde residimos. Precisamos de uma visão mais ampla.  
Quanto mais uma igreja numa cidade entrega pessoas para a migração, mais pessoas ela ganha.Quanto mais a igreja segura, mais ela perde. Não tente segurar as pessoas. Esforce-se ao máximo
para entregá-las à expansão do Senhor. Não seja míope, pensando que perderá algo. Você jamais perderá. Mesmo que perca nesta terra, certamente ganhará nos céus. Louvado seja o Senhor pelo
caminho da migração!  


CONCLUSÃO  

Nenhum dos itens de que tratamos nos últimos três capítulos são aspectos essenciais da nossa fé cristã.  Entretanto,  eles  devem  ser  postos  em  prática;  de  outra  maneira,  a  igreja  numa  cidade poderá ser forte e prevalecente. Se todos esses itens forem postos em prática, a igreja se tornará forte  e  prevalecente.  Esses  não  são  itens  da  nossa  fé  cristã,  mas  devem  tornar-se  parte  do aspecto prático da vida da igreja.  





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